De acordo com levantamento realizado pela IHS Markit, a pedido da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), 94% dos produtores rurais possuem smartphone, sendo a ampla maioria deles com acesso à internet, isto é, 91% dos criadores de animais e 88% dos agricultores. Nesse sentido, a conectividade não é apenas uma tendência, mas uma prática já consolidada em grande parte dos setores do agronegócio nacional.
A pesquisa também destacou que 76% dos agropecuaristas entrevistados usam o Whatsapp como meio de realização de suas atividades. Além disso, o Facebook continua sendo uma das principais redes sociais usadas por esse público, principalmente quando o objetivo é buscar informação. Por outro lado, o YouTube quase triplicou de importância em relação ao estudo realizado em 2017.
Ainda, vale ressaltar que para chegar a esses resultados, foram entrevistados cerca de 3 mil produtores, tanto da agricultura quanto da pecuária, e mais de 4500 horas de conversa em 240 questões que avaliavam os hábitos desses agropecuaristas. Nesse contexto, as propriedades dos questionados estão espalhadas por 15 estados do país.
“Hoje, a maioria das vendas que realizo são por meio do uso do celular, em destaque com o uso do Whatsapp. Essa ferramenta proporciona um alcance grande, tornando possível a realização de negócios muitas vezes sem sair de casa ou no conforto do escritório”, afirma Emir Macedo, produtor rural de cacau e chocolate e proprietário do Viveiro Aliança, em Linhares.
Além da praticidade e facilidade para divulgar produtos e conseguir novos clientes, as redes sociais auxiliam no posicionamento de marcas e empresas. Desde o início da pandemia, esse movimento tem se tornado ainda mais relevante, com a necessidade de distanciamento social, que motivou a busca por novos meios de comunicação para suprir a falta de contato presencial entre clientes e vendedores.
“Principalmente nesse cenário, em que as pessoas têm evitado de viajar e sair, essas ferramentas proporcionam a realização de negócios de forma segura e tranquila. Confesso que sou um desses usuários e esses instrumentos são fundamentais na realização do meu trabalho”, conclui.
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