Jun 2021
15
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Destrinchando os resultados

Na análise por espécie de grão, foram exportadas em maio 265 mil sacas de conilon, com uma baixa de 13% se comparado ao mês anterior. A receita cambial obtida foi de US$ 23 milhões, com uma queda de 15,58% em relação a abril. O preço médio de cada saca exportada foi da ordem de US$ 87,1 diminuição de 3,2% nessa janela temporal.

Por outro lado, o café solúvel alcançou vendas externas de aproximadamente 14,2 mil sacas, representando redução de 62,94% comparando a abril. Sua receita exportada em maio foi de US$ 1,6 milhões, uma queda de 63,7% na comparação mensal. O preço médio exportado de cada saca dessa variedade foi de US$ 113,07. Esse valor caiu 2,05% em relação ao preço médio do mês anterior. Em maio, o arábica registrou um total de 57.322 sacas exportadas e uma receita de US$ 7,1 milhões. Seu preço médio de cada unidade vendida foi de US$ 125,14 o que representa uma alta de 1,85% em relação a abril.

O que esses números indicam?

Em linhas gerais, a queda deveu-se a problemas logísticos e também em função da perda de competitividade gerada pela alta dos preços no mercado interno. Isso ocorreu em razão do aumento da utilização de conilon nos blends no consumo doméstico, resultado da estimativa de quebra acentuada na safra de arábica.

“Os números de exportação do mês de maio, que refletem uma redução no volume total, foram afetados por três principais motivos: gargalos logísticos no porto de Vitória; efeito pontual da mudança de critério adotado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ); forte alta nos preços do conilon”, afirma Márcio Cândido Ferreira, presidente do Comércio de Café de Vitória (CCCV).

No acumulado anual, o conilon somou 1,4 milhão de sacas exportadas pelo Porto de Vitória, o que representa uma queda na ordem de 2,8% em relação ao volume exportado no mesmo período do ano passado. Além disso, o arábica alcançou, até o momento, 374.384 sacas exportadas pelo mesmo porto, isto é, 16,69% a menos na comparação anual. Em 2021, o grão solúvel já exportou 144.273 sacas pelo porto de Vitória, ou seja, 4,77% a menos que o mesmo período de 2020. Por fim, somando todas as variedades, foram exportadas, em 2021, uma quantidade próxima de 2 milhões de sacas desde o começo do ano, que atualmente representam redução de 5,93% na comparação anual.

“Todavia, o mercado segue bastante promissor, mesmo com a contínua baixa do dólar. Os preços em reais têm registrado recordes, o que favorece o produtor. Esperamos um alívio nos gargalos logísticos, com maior oferta de espaço nos navios por parte das Cias de Navegação, incremento na disponibilidade de containers e maior fluxo dos serviços portuários. Os efeitos devem ser percebidos já a partir do final de junho ou início de julho”, conclui.

Para acompanhar mais informações sobre esse mercado capixaba, acesse o site do CCCV.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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