Os investimentos em ativos ambientais unem os ganhos financeiros com a sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Esses produtos envolvem compra e venda de terrenos apropriados, atividades de cultivo, gerenciamento e realização de colheitas de florestas plantadas e produção e comercialização de produtos de origem florestal. Ou seja, também estão relacionados diretamente com o agronegócio.
Por geralmente estarem ligadas às práticas empresariais de environmental, social and corporate governance (ESG), essas são aplicações que vem ganhando destaque e crescem nos últimos anos. Ao longo de 2020, por exemplo, segundo pesquisa da State Street Global Advisors, uma das maiores administradoras de ativos do mundo, 80% dos investidores institucionais já consideram o ESG como parte da estratégia de investimento. Além disso, o volume de investimentos sustentáveis ao redor do mundo já alcançou a marca de US$ 31 trilhões.
Nesse contexto, ao alinhar essas práticas sustentáveis com tais aplicações, o agronegócio brasileiro, que representa cerca de 27% do PIB nacional, é um dos principais locais que podem presenciar direcionamentos de investimentos para financiar atividades de baixa emissão de carbono. Isso também se explica pela grande biodiversidade, produtividade e variedade da produção nas terras do país.
O BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, é uma das maiores referências nesse segmento. Com o objetivo de expandir a alocação de recursos nesses produtos, a instituição financeira está estruturando um novo fundo para aquisição de florestas de pinus e eucalipto no Brasil, ampliando seu braço de gestão de ativos florestais, o quinto maior do mundo.
A ideia é captar R$ 750 milhões junto a investidores institucionais para o Timberland Fund II (BTF II), uma segunda versão do BTF I, que captou US$ 860 milhões e tem hoje patrimônio líquido de cerca de R$ 1 bilhão, segundo Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF). Essa é mais uma iniciativa que visa reflorestar e aproveitar os recursos da madeira a fim de gerar emprego, sustentabilidade e renda no Brasil.
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