Jun 2021
21
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Investimentos em tecnologia

AB: A LS Tractors é uma marca consolidada em todo o Brasil. Nesse sentido, como surgiu a ideia de abrir uma concessionária no Espírito Santo?

Carlos: O projeto foi idealizado pelo presidente do nosso grupo Tadeu Milbratz. Com a necessidade do mundo atrás de alimento e por meio de um espírito empreendedor, viu-se a necessidade de investir no ramo da agroindústria. Então, procuramos uma marca de trator que buscava liderança de mercado aqui no Brasil, com muita tecnologia e qualidade de produto. Foi quando surgiu a oportunidade e conhecimento da LS Tractor e resolvemos trazer a marca para o Espírito Santo e sul da Bahia.

AB: Vocês já estão em frentes distintas em vários segmentos. Qual a importância dessa solidez no mercado?

Carlos: Antes de falar um pouco de solidez, é importante contar um pouco da história do grupo, que é familiar, e do presidente. Poucos sabem que a iniciativa nasceu em São Gabriel da Palha, ou seja, somos um grupo capixaba e tivemos nossa primeira matriz em Minas Gerais em Nanuque, ligado ao ramo de motocicleta. O começo foi há 35 anos. Apesar do negócio de tratores ter apenas sete anos de existência, há 35 anos começamos como concessionária de motocicleta. Atuamos também na parte do produtor. Então vivemos as duas pontas: como agricultor, como produtor rural e também como como indústria na parte de de tecnologia e tecnificação da fazenda em si.

AB:  O mercado também sentiu a entrada de vocês e os produtores logo aderiram produtos. Vimos que não foi apenas o trator cafeeiro e observamos que vocês também conseguiram aumentar a linha de produtos oferecidos. Como ocorreu esse processo?

Carlos: Quando a LS veio para o Brasil, a proposta consistia em tratores com tecnologia. Então a ideia dela foi trazer a tecnologia de tratores de acima de 200 cavalos para tratores de pequeno pequeno e médio porte de até 100 cavalos. Então, isso fez com que o mercado balançasse, graças a essa tecnologia embutida no valor agregado do produto.

AB: Vocês não atuam apenas no setor rural. Nesse sentido, como funciona a linha amarela?

Em 2020, conseguimos agregar no nosso negócio a linha construction, ou amarela. Nesse contexto, conseguimos uma representação da XCMG, uma indústria chinesa que chegou ao Brasil há 10-15 anos com um produto de muita qualidade. Pegamos um momento de mercado muito interessante e obtivemos um sucesso absurdo com essa linha de máquina.

O ramo de tratores

AB: Nos últimos anos, os produtos importados sofreram um aumento, sentido em todos os setores. Vocês também sentiram esse movimento?

Lauro: Sentimos demais. Tivemos aumentos significativos de preços. De outubro do ano passado para cá, esses preços impactaram em torno de 40% dos nossos produtos em tratores agrícolas. Em termos dos implementos, tivemos um aumento de 60% nesses produtos.

AB: Qual é o risco para os produtores que não compram ou adquirem essas tecnologias?

Lauro: Hoje, o campo está mecanizado. Há uma curva para o produtor rural que em cerca de 10 ou 15 hectares ele já precisa mecanizar, caso contrário começa a perder produtividade. Com a colheita mecanizada, ele consegue aumentar a produtividade, reduzir número de mão de obra, custo operacional e fazer os procedimentos no tempo correto.

AB: Antes da mecanização, os produtores precisavam de no mínimo 80 ou 100 pessoas. Hoje isso já se reduziu bastante?

Lauro: Temos no mercado as máquinas de colher café, que reduzem em cerca de 40% a 50% o número de pessoas e está sendo muito importante com a pandemia e a falta de mão de obra.

AB: Muitos produtores rurais têm receio com o pós-venda, com a manutenção e revisão dos tratores. Qual a segurança que vocês dão aos produtores rurais? 

Lauro: O produtor deve ter preocupação com isso. Sempre digo pros clientes que a marca do trator é importante, mas tão importante quanto, é escolher bem a concessionária, a empresa e o grupo que está por trás da compra. Estamos investindo na Campo Forte para possuir uma estrutura pós-venda, corpo de mecânicos, administrativos de pós-venda e garantias capacitados. Além disso, estamos triplicando nosso estoque de peças. Estamos investindo nisso porque o trator do cliente deve ficar parado o mínimo possível, pois isso impacta na produtividade do cliente e o investimento ser ruim por causa disso.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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