Pela primeira vez na história de Guarapari, haverá colheita de uvas no próximo verão. A expectativa é que os 30 produtores que cultivam a fruta no município possam colher entre 20 a 25 toneladas já na primeira safra, marcada para dezembro deste ano. Esses feitos fazem parte de um programa inédito de diversificação de culturas, que está em andamento há cerca de quatro anos.
A Prefeitura do município, em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), vem promovendo o desenvolvimento sustentável e a diversificação no campo desde 2017. Na primeira fase do Programa, os produtores participaram de uma série de ações de capacitação que envolviam palestras, excursões a regiões produtoras e visitas técnicas.
Além disso, em 2018, a prefeitura distribuiu 12,5 mil mudas certificadas e fiscalizadas. Em complemento, nos dois anos seguintes, foram adquiridas mais 10 mil mudas, quantidade distribuída igualmente entre 2019 e 2020, consolidando a viticultura como uma das principais inovações do agronegócio da cidade.
Com o intuito de fortalecer o novo segmento, diferentes modelos de comercialização foram propostos. Nesse contexto, consideram-se atividades ligadas ao agroturismo, em que há a possibilidade das propriedades aderirem a um sistema de “colha e pague”, similar ao conhecido pesque e pague. Por outro lado, também é levado em conta passeios nas terras produtoras, com direito a compras e outros atrativos.
Estuda-se, também, a produção de novos produtos, com agroindústrias preparadas para produzir sucos, doces, geleias e outros derivados da fruta.
Com as expectativas de colheita até o fim de 2021, espera-se que com o novo segmento, mais emprego e renda sejam gerados na região, o que beneficia o município como um todo. A partir desse passo inicial, novos viticultores e agropecuaristas de outros ramos podem ser atraídos para a cidade, gerando maior desenvolvimento.
Nesse contexto, o Incaper proporciona incentivo e assistência técnica em outras inovações para o município. A produção de cafés especiais, cultivo de frutas vermelhas, agroindustrialização e a verticalização de cadeias produtivas são algumas das modalidades abarcadas pelo instituto e que estão permitindo ao agricultor a agregação de valor às suas atividades. Portanto, há uma rota crescente de sustentabilidade e produtividade no meio rural.
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