Jun 2021
26
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

FIIs e agronegócio

Nos últimos anos, é notável o crescimento da da indústria de fundos imobiliários. Contudo, a presença da agropecuária neste segmento ainda é pequena, o que proporciona grande potencial aos poucos veículos que atuam neste mercado, como o BTRA11 e o BTAL11.

Vale lembrar que o agronegócio representa cerca de 27% do PIB brasileiro e é destaque em exportações em mais 30 produtos ao redor do mundo. Ainda, o setor foi o único que cresceu no ano de 2020 (2%), além de ter quadruplicado a produtividade entre 1975 e 2015, segundo a Embrapa, e liderado a retomada econômica do primeiro trimestre deste ano, garantindo sua resiliência em meio a crises.

Nesse sentido, os fundos de investimento e, em destaque os FIIs, são oportunidades de financiar o crescimento desse segmento, que ainda possui expectativas de crescimento ao longo dos próximos anos.

“Quando olhamos para a vertente do agronegócio dentro da indústria de FIIs, existem poucos fundos negociados em Bolsa. Nesse sentido, a tendência é que novas iniciativas e teses sejam exploradas”, afirma Vinicius Torres, Head de Renda Variável do time de Portfolio Solutions da APX Investimentos e titular da coluna Mercado Diário.

Diferenças entre os fundos

Por se tratar de logística, o BTAL11 direciona investimentos para escoamento e armazenagem da produção, por meio de terminais de transbordo, centros de recebimento, terminais portuários e armazéns.

Já o BTRA11 foca na alocação de recursos em terras produtivas que cultivam culturas tradicionais, como milho e soja, propriedades que lidam com culturas alternativas, como produtos orgânicos, e em terras degradadas com desconto no preço de aquisição, visando um cenário de recuperação.

“Esse diferencial do BTRA11 proporciona maior margem aos fazendeiros de culturas alternativas. Além disso, há outra inovação: a tese de fazendas verticais, na Região Metropolitana de São Paulo. Nesses empreendimentos, o custo fixo é mais elevado, mas há facilidade de logística”, ressalta.

“O fundo ainda tem interesse de, uma vez que realizar mais uma captação, adquirir outras propriedades que seguem esse modelo e próximas de grandes centros. Mesmo não se caracterizando por grandes espaços como nas fazendas tradicionais, o objetivo é escoar essa produção para os centros onde essas propriedades estão localizadas”, complementa.

Unindo esses fatores com o aumento da demanda por alimentos ao redor do mundo, uma vez que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU),  o planeta abrigará mais de 10 bilhões de pessoas até 2050, há uma janela de oportunidades para investir na agropecuária do Brasil.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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