Jun 2021
30
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Stefany Sampaio
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porStefany Sampaio

A influência da cultura cafeeira no Espírito Santo

AB: Qual a importância do Palácio do Café na história da cafeicultura?

Márcio: Esse edifício marca um ponto importante para a cafeicultura. Vale ressaltar que esse é o primeiro edifício na Enseada do Suá. Hoje, podemos ver como essa localidade se desenvolveu. Por isso, a cafeicultura é pioneira na economia no ES e também nessa região.

AB: Já são 74 anos de história. Como é para instituição representar o produtor perante toda cadeia de comércio?

Márcio: É um motivo de orgulho. O produtor é a principal razão de estarmos aqui hoje. O ES é um protagonista em todas as áreas do café e é gratificante saber que o trabalho que o CCCV faz em prol da cafeicultura, em busca da melhoria contínua e maior participação dos produtores.

AB: Hoje, o estado é o segundo maior produtor global de conilon, atrás apenas do Vietnã.  Por que o ES se destaca tanto na produção mundial?

Márcio: O ES se destaca por ter acreditado no que muitos não acreditaram. Há anos, o conilon era considerado o “patinho feio” da cafeicultura. Hoje, ele é cobiçado, desejado pelo mercado internacional e doméstico, e agrega características positivas ao café consumido nas casas brasileiras.

AB: Quando falamos sobre exigências internacionais, não se pode deixar de falar da sustentabilidade e dos critérios do mercado. Como o cafeicultor capixaba tem lidado com esses desafios?

Márcio: O ES se destaca na sustentabilidade e preservação do meio ambiente, com trabalhos voltados para crescimento da economia local, mantendo o produtor na zona rural com a sua família, crescendo em produtividade e sendo referência por tratar o meio ambiente como bem maior, relacionando-o com a qualidade de vida.

Comércio internacional e posicionamento do ES

AB: Como está o mercado de exportações a nível ES?

Márcio: O mercado está favorável. Estamos em um ano ímpar para a cafeicultura tanto em termos de preços em níveis recorde, quanto em volume produzido pelo ES, que pode ser recorde neste ano. Mas vale lembrar que o volume grande não significa que teremos preços baixos, pois há um déficit na produção substancial na produção de arábica no Brasil, que será substituído com a qualidade e relevância do ES nos cafés conilon.

AB: Em meio à colheita, quais são as perspectivas para esse ano e para a próxima safra?

Márcio: Essa safra que está chegando está com 50% da colheita concluída e as perspectivas são muito boas em função do preço e da demanda por café. Os preços mostram uma estabilidade com tendência de alta e o produtor tem dosando as vendas, mostrando que há domínio sobre a safra. Isso coloca o ES em um cenário de maior busca por conilon. Por isso, acreditamos que a próxima safra será muito boa. A própria moeda, mesmo com o recuo, tem sinalizado valorização dos preços em reais e as bolsas internacionais, tanto em Nova York quanto em Londres, tem mostrado um interesse cada vez maior pelo nosso café.

Convidamos você leitor, a conhecer mais sobre o Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), pois ele representa o setor que é o maior gerador de divisas do agronegócio café, o principal fornecedor da indústria e o que mais absorve e escoa a safra cafeeira. Seus associados possuem larga tradição, sendo o Espírito Santo celeiro de grandes exportadores que figuram entre os maiores do Brasil.
O CCCV também apoia projetos como o de Inclusão Digital “Criança do Café na Escola” em parceria com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) nas cidades cafeeiras e realiza encontros regionais de cafeicultores, além disso, busca constantemente a melhoria da qualidade do café, aumento da produtividade e a disseminação de tecnologias no campo por meio do Cetcaf (Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café).

 

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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