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A retomada da suinocultura da China, após ser fortemente impactada pela peste suína africana, tem chamado a atenção pela engenhosidade e tecnologia aplicada pelos asiáticos. Consumidores de cerca de 50 milhões de toneladas de carne suína por ano, os chineses desejam reformular completamente o controle sanitário em sua cadeia produtiva a fim de evitar futuros surtos de doenças. Um exemplo desse movimento, é a recentemente fazenda vertical mais alta do mundo para suínos.
Verdade! A companhia chinesa Zhong Xin Kaiwei anunciou essa semana a conclusão da mais alta fazenda vertical de suínos do mundo. O prédio tem 26 andares, fica na província de Hubei, na China, e está oficialmente pronto para iniciar a produção em setembro.
Segundo dados do AgEvolution Suinocultura Digital, quando estiver completo, a produção anual da unidade atingirá 1,2 milhão de cabeças. Este volume é dezenas de vezes maior que a capacidade da maioria das granjas “horizontais”.
As novas granjas-prédio da China possuem altíssimo padrão tecnológico. O modelo tem, entre outras curiosidades, um elevador com capacidade para 40 toneladas, que cobre uma área de 65 metros quadrados (m²) e pode suspender mais de 200 animais por vez. A tecnologia é aplicada também no reconhecimento facial dos animais por meio de visão computacional e automatização da maior parte dos processos.
Planejada visando a sustentabilidade, a fazenda vertical chinesa promete reduzir a poluição por gás e sonora, além de reduzir significativamente o impacto da produção de suínos aos moradores da região. A empresa também diz prezar pelo bem-estar animal.
Mas será essa a melhor solução?
Durante a crise da peste suína africana, o Brasil se tornou o maior fornecedor de carne suína para os chineses, o que aqueceu o mercado nacional e fez “explodir” o volume exportado.
Em números, no mês passado a receita obtida com as exportações de carne suína foi de, aproximadamente, US$ 42 mil, representando 22,3% do montante obtido em todo junho de 2020, que foi de US$ 187 mil.
Por isso, ao se imaginar a retomada do plantel da China, projeta-se uma diminuição da exportação não apenas do Brasil, mas também de outras nações, à medida que o seu rebanho for reposto.
A Agro Business acompanhará os desdobramentos desta informação, mas fica o alerta aos nossos suinocultores, pois haverá uma diminuição dessas importações, de forma lenta e gradual, até que a China consiga restabelecer o abastecimento interno.
Um ponto importante a ser considerado entretanto é que com o passar dos anos, a China, país mais populoso do mundo, deve aumentar o seu consumo, o que manterá um mercado estável.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória