5 dicas para ter a sua horta em casa
Em 2006, Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, foi considerada a capital nacional do agroturismo pela Associação Brasileira de Turismo Rural (ABTR). O município possui diversas fazendas e sítios abertos à visitação e com atividades exclusivas para turistas. Com um clima ameno e bons hotéis, a experiência é uma imersão da vida no campo para aqueles que gostam de apreciar boas comidas e bebidas.
Com mais de 25 mil habitantes, sua população é composta, em maioria, por descendentes de imigrantes italianos que colonizaram a região no final do século XIX. A influência da cultura européia é percebida na vida da comunidade local, principalmente pelo trabalho e atividades realizadas por boa parte da população.
Nesse sentido, esses fatores influenciaram no próprio nome da cidade. Além disso, dizem que em seu início havia apenas uma mercearia, ou venda, na região, que com a construção da BR 262, em 1951, se expandiu e atraiu novos moradores. Assim, com a emancipação em 1988, foi adotado o nome de Venda Nova do Imigrante.
A agricultura de subsistência, por décadas, foi atividade predominante das famílias que habitavam a localidade. A partir das dificuldades de comunicação e transporte impostas pela época, os italianos começaram a fabricar vários produtos caseiros, como queijos, pães, vinhos, biscoitos, doces, massas, aguardentes, fubá, café beneficiado.
Ao passar os costumes para as gerações futuras, hoje, a cidade ainda é referência em derivados do leite, vinhos e no famoso Socol, um embutido de carne suína feito do lombo do porco. O processo de produção consiste em temperar a carne, curar e armazenar de forma artesanal por meses da mesma forma que os antepassados italianos faziam. Essa é uma iguaria do município, reconhecida com selo de Indicação Geográfica (IG).
A solicitação, uma iniciativa da Associação Dos Produtores de Socol de Venda Nova do Imigrante – ASSOCOL, foi feita em 2014 e aprovada em 2018.
“Quando lutamos para conseguir a IG do Socol para a nossa região, não era para vender apenas um aperitivo. Queríamos mostrar aos consumidores um pedaço da nossa história e valorizar os nossos nonos que vieram da Itália no século 19. Na bagagem do imigrante, com certeza, havia socol. Esse embutido faz parte da história de superação e sucesso da imigração italiana, de Venda Nova”, explica Alexandre Zanete Cesquim, presidente da Associação de Produtores de Socol (Assocol).
Nesse sentido, o agroturismo, além de possuir legado cultural, gera emprego e renda para os moradores da cidade. O Socol além de harmoniza com bebidas como vinhos e cervejas artesanais da região, mostra à todos os visitantes o quanto é importante valorizar a cultura local e passar isso de gerações em gerações.
Por isso, se tiver a oportunidade, não deixe de visitar Venda Nova do Imigrante!
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