Jul 2021
21
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Jul 2021
21
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

O que motivou e quais as implicações desses resultados?

De acordo com o levantamento, os produtores de grãos devem puxar a expansão da renda, com faturamento de R$ 594,1 bilhões. Nessa linha, espera-se uma alta de 68% na comparação anual. Além de beneficiar o segmento, esses fenômenos movimentam outros setores da economia, influenciando em resultados positivos.

Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), nos polos do agronegócio, foi observado crescimento em cerca de 18% nas vendas do varejo. Ainda, nessas regiões, o desempenho na comercialização de veículos também é superior à média nacional. Essa prosperidade ainda se reflete no comércio de luxo e na venda de jatos executivos, por exemplo.

Além do mercado de luxo, os serviços financeiros também começam a esboçar maior penetração nas localidades onde a agropecuária possui maior relevância. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o setor “private” cresceu 32% de dezembro de 2015 a dezembro de 2020 no Centro-Oeste. Número superior à média nacional de 11%.

Mesmo durante a pandemia, polos do agro reagiram positivamente

Já não é mais novidade para os brasileiros que a pandemia prejudicou diversos setores na economia brasileira. Contudo, o agronegócio conseguiu impulsionar as vendas do varejo e do segmento de serviços, como bares e restaurantes, nas regiões produtoras em 2020. Esses resultados foram superiores à média nacional, de acordo com o ICVA.

Segundo o indicador, as vendas nacionais nominais, isto é, sem descontar os efeitos da inflação, recuaram 10,4% no ano passado, refletindo efeito da Covid-19. Por outro lado, as 20 cidades líderes da produção agropecuária tiveram alta de 6,2% se comparado a 2019. Essa semelhança se manteve nos primeiros meses de 2021, com alta acumulada de 7,2% até maio na média nacional, contra salto de 18,4% nos municípios do agro.

Dessa forma, observa-se que a força do agronegócio nacional sobre a economia brasileira ocorre de diversos modos. Produtores e empregados das fazendas gastam seus recursos no comércio, nos restaurantes e nos salões de beleza das cidades próximas, por exemplo. Além disso, fabricantes de maquinário instalam escritórios comerciais e realizam transações, inclusive no varejo. Por fim, plantas de beneficiamento da agroindústria, como usinas de etanol e frigoríficos, geram empregos industriais, gerando ainda mais emprego e renda.

É a roda do agronegócio movimentando a economia do país.

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