União no agronegócio aumentará a geração de empregos
Frutas, legumes e vegetais (FLV) fazem parte da rotina de alimentação de diversos brasileiros. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 24,1% da população do país consome a quantidade mínima recomendada de FLV. Mas como esses alimentos chegam à sua mesa?
Ao considerar a alimentação de FLV, a agricultura familiar é referência nacional: ela é responsável por dois terços da produção desses produtos que chegam à sua mesa. Na prática, apenas nos cultivos de morango e pepino, por exemplo, os agricultores familiares possuem 80% da participação. Por outro lado, no cultivo de alface, batata-doce, pimentão e couve, esse número atinge 60%.
Em relação às lavouras de ciclo longo, essa modalidade do agronegócio lidera o cultivo da uva e do maracujá e, nas temporárias, mandioca e o abacaxi. Hoje, os agricultores familiares representam, aproximadamente, 67% dos 15 milhões de produtores rurais do Brasil e ocupam 77% das propriedades do território nacional.
Em suma, 60% da horticultura brasileira vem da agricultura familiar, sendo que, Pernambuco, Ceará e Acre são os estados que lideram nessa modalidade. Contudo, vale lembrar que em termos de total de produção, a agricultura tradicional ainda é um dos motores do agronegócio brasileiro. Isso porque apenas um quarto de toda a produção agropecuária nacional vem da agricultura familiar, segundo o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em geral, o principal canal de vendas da agricultura familiar são as feiras livres espalhadas pelas diversas cidades do país. Nesse sentido, ao longo dos picos de contaminação da pandemia, quando foram necessárias as medidas mais rígidas de isolamento social, esse foi um dos setores que mais sofreu.
Assim, com o cenário de retomada econômica e vacinação da população, a agricultura familiar poderá retomar suas atividades de forma integral, desde o cultivo às vendas, favorecendo a geração de emprego e renda no país, dado que o segmento emprega mais de 10 milhões de pessoas, segundo o IBGE.
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