Guiado pelas altas no mercado de ovos e de carne de frango, a avicultura brasileira apresentou bons resultados em 2021. Em julho, por exemplo, o mercado de ovos apresentou o melhor as cotações registradas apresentaram alta mensal de 2,25%. Por outro lado, o mercado de frango acumula, no ano, evolução de 32%.
Além das altas nesses mercados como um todo, os preços também reagiram de forma inédita, comprovando a solidez da avicultura brasileira. O frango vivo superou o recorde de preço anterior: em julho alcançou a média mensal de R$5,87 por quilo, mas encerrou o período cotado, em mercado firme, com o valor de R$6,00 por quilo.
Para o mercado de ovos, a alta esboça a recuperação que deve seguir firma no mês de agosto. Isso porque com a retomada plena das atividades, o ovo volta integrar não apenas a rotina dos brasileiros a partir do aumento dos preços da carne, mas também pela sua função na merenda escolar.
Nesse sentido, com a pressão sobre o mercado de bovinos, ambos os produtos ainda possuem espaço de crescimento como opção proteica para os consumidores.
Apesar dos bons desempenhos, o custo ao produtor segue pressionados, o que pode prejudicar os agropecuaristas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 1,31% em junho, se comparado ao mês anterior.
Por outro lado, o acumulado em 2021 atingiu 19,11%, o maior até o sexto mês do ano desde o início da série histórica, iniciada em 2014. Em 12 meses, o acumulado de 36,81% também foi recorde.
Na prática, um dos principais insumos para a avicultura, o milho, registrou nos últimos 12 meses aumento superior a 90%. Nesse sentido, o bom desempenho no setor pode ser afetado pela inflação aos produtores. Esse é o ponto de cautela até o fim do ano.
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