Agro na bolsa: a vez da sustentabilidade e combustível
Desde o final de julho, diversas regiões do país, como Espírito Santo, passaram por frentes frias. Nesse sentido, temperaturas baixas e geadas deram início à essa semana. Contudo, o friozinho persistente nem sempre é o clima ideal. A baixa no clima pode ocasionar prejuízos em plantações de hortaliças, cafés e frutas e, consequentemente, o aumento dos preços dos produtos para o consumidor final.
Nesse sentido, entenda como esse fenômeno pode prejudicar os produtores rurais.
De acordo com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os agricultores podem ter prejuízo de 70% nas plantações do Sudeste. Ainda, o órgão destacou que, nesse contexto, a cultura de café é a que mais sofre danos.
Nesse sentido, o governo federal estuda reservar cerca de R$ 1 bilhão para abastecer uma linha de crédito emergencial destinada aos produtores de café que sofreram danos com as geadas no último mês. Os recursos sairão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, o Funcafé, e para obter a concessão, o pré-requisito será o acionamento do seguro rural.
Os detalhes da medida, como os limites de financiamento por produtor, área, juros e prazos de carência, serão definidos até a próxima semana, segundo o Conselho Nacional do Café (CNC). Ainda, a proposta de criação da linha de crédito será encaminhada para aprovação na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), no dia 26.
Basicamente, o cenário capixaba se assemelha ao que vem ocorrendo no Sudeste. Dessa forma, a onda de frio no Espírito Santo pode causar prejuízos nas plantações e aumento no preço dos produtos. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a previsão é de temperaturas mais baixas ao longo de todo o mês de agosto.
Contudo, o estado não sofre com fortes geadas como é o caso de Minas Gerais, por exemplo. Mesmo assim, a frente fria persistente ainda prejudica os produtores capixabas. Ainda, vale lembrar que o estado passará pelo desafio de aumentar a sua produção ao longo do mês, visto a demanda deve seguir crescente com a retomada econômica e a necessidade de suprir a falta de oferta dos estados afetados pelo clima.
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