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O agravamento do cenário hídrico e a redução dos níveis do reservatório já lançam sobre o agronegócio brasileiros os seus primeiros efeitos. Não à toa, o início de agosto começou com as exportações brasileiras de milho em velocidade lenta, se comparado ao mesmo mês do ano passado.
De acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nestes cinco primeiros dias úteis do mês, o país embarcou cerca de 718,2 mil toneladas de milho não moído.
Este volume representa apenas 11,49% do total que foi exportado durante todo o mês de agosto 2020. Por outro lado, na comparação com julho de 2021, esta primeira semana de agosto já representa 36,21% do total alcançado nos últimos 30 dias.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 143,65 mil toneladas, patamar 59,33% maior do que a média do mês passado. Já na comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias está 51,69% abaixo do realizado no mês de agosto de 2020.
Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 128,6 milhões no período, contra US$ 996,8 milhões de todo o mês de agosto do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou decréscimo de 45,79% na mesma comparação.
Por outro lado, o preço por tonelada obtido registrou elevação de 12,21% no período, saindo dos US$ 159,60 no ano passado para US$ 179,10 neste mês de julho.
Para a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) as exportações brasileiras de milho devem fechar o mês de agosto de 2021 entre 3,1 milhões e 4 milhões de toneladas, representando queda na comparação com o registrados no mesmo mês do ano passado.
“O recuo ocorre após a safra do país ter sido seriamente reduzida pela seca e geadas”, destaca a Agência Reuters. No total da safra 2020/21, a Anec estima as exportações em 17 milhões de toneladas ante 34,8 milhões no último ciclo.
Como reflexo desse cenário, somente nestes cinco primeiros dias de agosto de 2021, o país também já acumulou 29,5% do total registrado em agosto de 2020. Sendo assim, a média diária de importação registrou aumento de 23,94%.
O oitavo mês de 2021 também representou elevações nos valores acumulados na importação com a média diária de US$ 1.113,8 mil contra US$ 430,9 mil de 2020, aumento de 158,47% e nos preços dispensados por tonelada importada que subiram 108,55% saindo de US$ 130,00 para US$ 271,10.
Segundo os números divulgados de Secex, de janeiro até julho o Brasil já acumulou 1,08 milhão toneladas de milho importadas, um aumento de 112,6% com relação ao mesmo período de 2020.
Do total acumulado até o fechamento de junho, 71% do milho teve originação do Paraguai, 28% da Argentina, 1,1% dos Estados Unidos e 0,025% da África do Sul. Os estados que mais importaram foram Paraná (58,7%), Santa Catarina (23%) e Rio Grande do Sul (17,4%).
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