No Espírito Santo, a produção de laticínios ocupa a segunda maior parcela de representatividade na agroindústria. Dessa forma, a produção de manteigas, queijos, iogurtes e derivados do leite é essencial para a geração de emprego e renda no estado.
Nesse sentido, uma das marcas capixabas de maior destaque é a Veneza, que atua no segmento desde 1950. Mesmo consolidada, a empresa, incorporada à Coopeavi, inicia um novo ciclo de expansão e lançamento de novos produtos, como o café.
Para entender melhor esses movimentos, o quadro Agro Business do programa Mundo Business, conversou com Denílson Potrat, presidente da Coopeavi, Erick Pagung, diretor de lácteos da Coopeavi/Veneza e com Argêo Uliana, diretor e vice-presidente da Coopeavi.
Stefany: Quais foram os principais benefícios dessa junção entre Veneza e Coopeavi?
Denílson: Dentro do planejamento estratégico, a Coopeavi tinha intenções de ganhar participação na cadeia no leite. Já participávamos de uma fatia, fornecendo ração para o gado leiteiro. Contudo, surgiu a oportunidade de incorporar a Veneza, e unir os dois quadros sociais com o mesmo propósito: unir famílias que alimentas famílias. Na prática, ligamos a produção de leite do produtor rural à indústria produtora de manteiga, queijos e iogurtes.
Stefany: E quais são os benefícios para os cooperados?
Denílson: Temos hoje mais de 18 mil cooperados. Com essa parceria, damos todo apoio à logística, infraestrutura e comercialização, gerando mais valor e dinheiro para esses produtores.
Stefany: A Veneza atua no mercado desde 1950. Como foi essa trajetória ao longo do tempo?
Erick: A Veneza foi constituída como uma cooperativa em 1953, com 14 cooperados. Então, até 2019, ela atuava no mercado de lácteos. A partir desse ano, tanto Coopeavi quanto Veneza decidiram em assembleia o processo de incorporação entre ambos os quadros sociais. Assim, os 1.100 produtores associados à Veneza integram os 18 mil cooperados da Coopeavi.
Stefany: Nesse sentido, a Veneza começa a realizar novos investimentos, como um centro de distribuição. Quais a importância dessa estrutura?
Erick: A partir dessa iniciativa em 2020, com um investimento de 2,5 milhões, aumentamos nossa capacidade de estocagem em três vezes. Com uma estrutura moderna, ampliando também os processos de logística.
Stefany: Também foilançada a marca própria de café da Veneza. Como ocorreu esse processo?
Erick: Entendemos que os 68 anos de histórica consolidaram a marca dentro e fora do estado. O consumidor conhece a qualidade dos produtos Veneza: e por que não o café? Nossa cooperativa também atua no ramo de café, e essa foi uma oportunidade de entrar no segmento.
Stefany: Como o senhor enxerga o crescimento e o momento atual da Coopeavi?
Argêo: A cooperativa surgiu com o movimento da avicultura em Santa Maria de Jetibá. Com a expansão do agronegócio do estado, expandimos a atuação no agronegócio como um todo. Sinto orgulho em presenciar, depois de 57 anos, o crescimento da Coopeavi. Agradeço aos nossos cooperados e colaboradores, que fazem esses movimentos acontecerem.
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