Em junho, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro), voltou a apresentar alta de 2,8%. A forte retomada indica boas perspectivas para o segmento na retomada econômica. A variação positiva no indicador, calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) foi fortemente influenciado pelos movimentos no ramo de produtos não-alimentícios, que apresentou alta de 16,3%.
O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. Nesse sentido, apesar dos avanços no segmento de não-alimentícios, os produtos alimentícios e bebidas apresentaram forte queda de 6,8%.
Em relação ao resultado total, embora o resultado seja o menor apresentado desde fevereiro deste ano, o FGV Agro espera avanço acumulado entre 3,2% e 7,4% para agroindústria nacional em 2021. Para efeitos de comparação, as projeções no início do ano eram de expansão de 1,6% a 6,8%, dependendo do cenário base.
No primeiro semestre de 2021, a evolução constatada no PIMAgro foi de 6,9%, se comparado à mesma janela de tempo em 2020. Essa performance contou novamente com o destaque positivo de produtos não-alimentícios, com alta de 18,8%. Já para os alimentos e bebidas, a variação foi negativa em 2,5%.
Vale ressaltar que os bons resultados indicam que o setor segue forte retomada após fortes movimentos de baixa ao longo da pandemia no ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, por exemplo, quase todas as áreas analisadas do grupo de produtos não-alimentícios registraram recuperação.
A maior foi a da borracha, em 39,5%, seguida por têxteis (+34,6%), insumos (+21,1%) e florestais (8,8%). Apenas o índice dos biocombustíveis recuou, aproximadamente 7%. No caso dos produtos alimentícios e bebidas, houve queda de 5,7% e avanço de 11,4%, respectivamente.
Vale lembrar que esse o setor de alimentos e bebidas deve apresentar relativa estabilidade em 2021, segundo o FGV Agro. Isso porque em 2020, o segmento apresentou crescimento robusto mesmo em meio a pandemia, de 3,3%. Por fim, para os não alimentícios, espera-se uma evolução entre 7,6% e 14,1%.
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