Em 2021, as receitas do agronegócio devem crescer 10% em relação à 2020 e atingir marca próxima de 1 trilhão de reais, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essa será a primeira vez que o faturamento atinge esse patamar. Mas vale lembrar que essa é uma construção de anos: esse indicador triplicou em duas décadas.
Esse desempenho na agropecuária é resultado da combinação de avanços nos níveis de produtividade, preços em alta no mercado internacional, motivados pela desvalorização do real em relação ao dólar, e aumento da produção total. Nesse sentido, a tendência é que o agro aumente a sua participação na atividade econômica do Brasil.
Nesse contexto, destaca-se o resultado do ano passado que, considerando toda a cadeia do agronegócio, alcançou uma representatividade no PIB próxima de 27%. Ainda, vale lembrar que segundo o Mapa, por meio da implementação de tecnologia e desenvolvimento de novos métodos de cultivo, a produtividade do setor cresce 3% ao ano.
Somado a esses fenômenos, a retomada econômica ao redor do mundo, a partir da vacinação, deve concretizar esse cenário. Com os mercados consumidores de países como China e Estados Unidos, o agro brasileiro está pronto para servir a população global no retorno das atividades.
Em terras capixabas, o segmento já rendeu cerca de R$ 5 bilhões de reais. Essa movimentação é proveniente das exportações que, apenas de janeiro a julho, entregaram um montante de US$ 903 milhões, ou, R$ 4,7 bilhões, segundo dados do Mapa.
Os produtos florestais lideram nas vendas externas, acumulando um faturamento próximo de US$ 400,45 milhões, seguidos pelas exportações de café, que atingiu a marca de US$ 343,67 milhões, e de chá, mate e especiarias, que alcançou US$ 104,4 milhões.
Assim, vale lembrar que, segundo o governo do estado, o agronegócio absorve 33% da população capixaba economicamente ativa, contribui para 30% do PIB estadual e é a atividade mais importante em 80% dos 78 municípios do estado.
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