A economia capixaba 8,2% no primeiro semestre de 2021, se comparado aos resultados apresentados no mesmo período de 2020, segundo o Indicador de Atividade Econômica (IAE-ES), elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies) e divulgado pela Federação de Indústrias do Espírito Santo (Findes).
O avanço é superior aos resultados observados no Brasil, de expansão em 6,4%, considerando a mesma base de comparação. Mas como o agronegócio se encaixa nessa história?
Em relação ao primeiro trimestre do ano, o avanço no segundo trimestre foi relativamente tímido, de expansão em 0,2%. Nesse sentido, a agropecuária apresentou um recuo de 7,6% e, na base de comparação anterior, de semestre com semestre de 2020 e 2021, a retração foi de 4,4%.
Nesse sentido, o setor que cresceu 2% ao fim de 2020, enquanto todos os outros patinaram e a economia nacional encolheu 4,1%, começa a apresentar desacelerações e quedas na atividade. Nessas respectivas bases de comparação, o setor de serviços cresceu 0,2% e 8,4%, enquanto a indústria apresentou queda de 0,4% e crescimento de 9,1%.
Em geral, a quebra de safra em boa parte das culturas é um dos motivos para essa retração. Contudo, com o agravamento da crise hídrica e a incidência de geadas nas regiões serranas, as colheitas foram prejudicadas, afetando a atividade econômica no setor.
Além disso, outros fatores como a alta do dólar, que por um lado beneficia os exportadores, mas afeta os importadores, e a quebra na cadeia de suprimentos global, pelo “desbalanço” entre nações em retomada e aquelas afetadas pela variante delta, encarecem os preços dos insumos. Nessa ótica, os produtores têm o custo pressionado, influenciando diretamente na produção.
Contudo, por fim, vale lembrar que esses são fatores que não afetam os fundamentos de crescimento do agronegócio. Em suma, baseando-se no aumento da produtividade e das inovações tecnológicas e metodológicas, o agro tem forte potencial para crescer neste ano e no longo prazo.
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