O consumo de café solúvel no Brasil segue em alta, crescendo 3,7% no acumulado do ano até agosto. Mesmo com os preços das sacas dos grãos em alta, como noticiamos semana passada, os brasileiros consumiram cerca de 670 mil sacas de 60 quilos de janeiro a agosto de 2021, número acima dos 645,8 mil sacas nos primeiros oito meses de 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).
Segundo a área de relações institucionais da Abics, o desemprenho resulta do forte movimento de investimentos em fábricas de cafés solúveis no Brasil. Além disso, as plantas nacionais focam cada vez mais em qualidade. Nesse sentido, o foco no desenvolvimento de um produto mais sofisticado atrai mais consumidores, auxiliando na expansão deste mercado.
Ainda, destacou-se que há redução nas importações de cafés instantâneos, um movimento impulsionado pela expansão da quantidade e da qualidade na produção. Por outro lado, na contramão do consumo, as exportações de café solúvel registram declínio de 6,4% no acumulado de 2021, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Nesses movimentos, o Espírito Santo não fica de fora. Em Linhares, por exemplo, há fortes investimentos em novas fábricas de café solúvel. Um dos principais montantes investidos é o da Companhia Cacique de Café Solúvel, que atua justamente nesse ramo e já investiu cerca de R$ 320 milhões para estabelecer novas bases no município.
Além disso, a Olam Internacional, empresa multinacional com sede em Singapura, projeta um investimento em cerca de R$ 740 milhões para construção de uma nova fábrica de café solúvel, também em Linhares.
Nesse sentido, os capixabas poderão contar com maior disponibilidade do produto no estado, com aumento na qualidade e, ainda, pautando a geração de emprego e renda no ES. Portanto, o estado se encontra bem posicionado na expansão do mercado de café solúvel.
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