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A coluna de hoje conta a história de um jovem que cresceu no ambiente da agricultura, em uma família produtora de café do interior do estado, mas que optou por ir morar no Rio de Janeiro para cursar engenharia. Rafael Lubiana contou para nossa coluna como ele conseguiu virar a chave da sucessão e conseguir aliar, após formado, a sua profissão de Engenheiro Civil com os trabalhos na fazenda em Nova Venécia.
O exemplo de Rafael, desmistifica o conceito de que é preciso estudar para sair da roça. Hoje, para estar na roça, é preciso estudar para acompanhar a evolução mundial e agregar valor no campo.
Mesmo crescendo em um ambiente rural, Rafael compartilhou que durante toda a sua infância sempre quis fazer engenharia, pois gostava muito de matemática e física na escola e sabia que esse era seu futuro.
“Sempre foquei em trabalhar e ajudar tanto na roça quanto no escritório, ajudando no acerto de pagamentos da nossa propriedade. Mas me lembro que desde pequeno meu pai incentivava eu e meu irmão à frequentarmos a roça. Um pontapé inicial foi quando ele nos deu uma meia de café, para começarmos a viver a vida do campo a partir do trabalho. Na época, a gente tinha 12 anos e começamos a trabalhar em alguns momentos, com vontade de conhecer como funcionava a vida na nossa propriedade” afirmou Rafael.
Rafael talvez não sabia, mas essa experiência de trabalho desde novo, o ajudaria nas decisões futuras. Ele até achou que após formado, iria trabalhar somente na sua área de formação, mas como se formou em um momento de crise, em que o mercado não era muito favorável para a sua profissão, decidiu voltar para o campo.
“Quando decidi voltar, meu pai estava para realizar obras nos secadores da fazenda e solicitou minha ajuda na construção desse projeto e eu topei. Com o tempo, fui me aprofundando, criando mais laços e não consegui mais sair do campo” complementa.
O início foi bem devagar, mas hoje vê o quanto esse passo foi importante para conseguir aliar o trabalho de engenheiro com a gestão das propriedades da família.
Como muitas histórias que contamos aqui, Rafael não é a primeira geração da sua família a trilhar esse caminho de sucessão. No caso da sua família, seu avô plantava café arábica em Castelo, no sul do estado. Com isso, o costume passou para o seu pai, que inspirou desde novo Rafael e o irmão a ter interesse pelo agro também.
“Vir de uma família de produtores influenciou na minha decisão de voltar para o campo e dar sucessão aos trabalhos construídos ao longo da história da minha família. Sempre acreditei que o cenário da agricultura no Brasil é extremamente promissor, principalmente em negócios relacionados à tecnologia e inovação. Nosso país é todo agricultável, e temos um forte potencial de evolução” afirmou Rafael.
“Antigamente, as pessoas queriam estudar para sair da roça. Hoje, para estar na roça, é preciso estudar para acompanhar a evolução mundial e agregar valor no campo. Cada vez mais, esse processo é uma realidade” complementa.
O processo relatado nesta história, nada mais é, do que agregação de valor ao trabalho no campo e percepção de que a união da tradição da antiga geração com a modernidade e a dinâmica da nova geração é uma das grandes oportunidades que temos dentro do agronegócio. Pois somente desse modo, novas ideias são agregadas dentro e fora da porteira.
Quando questionado sobre qual mensagem deixaria para os jovens do estado, Rafael afirmou: “A mensagem que eu deixo para os filhos de agricultores do estado é que procurem sempre a evolução e o conhecimento. Desde a época dos nossos avós, o conhecimento aplicado ao campo gerou mais valor e aumentou a produtividade consideravelmente. Por isso, busquem se profissionalizar, sempre!”
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória