Out 2021
3
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Out 2021
3
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Exemplo de sucessão familiar rural

Mesmo crescendo em um ambiente rural, Rafael compartilhou que durante toda a sua infância sempre quis fazer engenharia, pois gostava muito de matemática e física na escola e sabia que esse era seu futuro.

“Sempre foquei em trabalhar e ajudar tanto na roça quanto no escritório, ajudando no acerto de pagamentos da nossa propriedade. Mas me lembro que desde pequeno meu pai incentivava eu e meu irmão à frequentarmos a roça. Um pontapé inicial foi quando ele nos deu uma meia de café, para começarmos a viver a vida do campo a partir do trabalho. Na época, a gente tinha 12 anos e começamos a trabalhar em alguns momentos, com vontade de conhecer como funcionava a vida na nossa propriedade” afirmou Rafael.

Rafael talvez não sabia, mas essa experiência de trabalho desde novo, o ajudaria nas decisões futuras. Ele até achou que após formado, iria trabalhar somente na sua área de formação, mas como se formou em um momento de crise, em que o mercado não era muito favorável para a sua profissão, decidiu voltar para o campo.

“Quando decidi voltar, meu pai estava para realizar obras nos secadores da fazenda e solicitou minha ajuda na construção desse projeto e eu topei. Com o tempo, fui me aprofundando, criando mais laços e não consegui mais sair do campo” complementa.

O início foi bem devagar, mas hoje vê o quanto esse passo foi importante para conseguir aliar o trabalho de engenheiro com a gestão das propriedades da família.

União de gerações

Como muitas histórias que contamos aqui, Rafael não é a primeira geração da sua família a trilhar esse caminho de sucessão. No caso da sua família, seu avô plantava café arábica em Castelo, no sul do estado. Com isso, o costume passou para o seu pai, que  inspirou desde novo Rafael e o irmão a ter interesse pelo agro também.

“Vir de uma família de produtores influenciou na minha decisão de voltar para o campo e dar sucessão aos trabalhos construídos ao longo da história da minha família. Sempre acreditei que o cenário da agricultura no Brasil é extremamente promissor, principalmente em negócios relacionados à tecnologia e inovação. Nosso país é todo agricultável, e temos um forte potencial de evolução” afirmou Rafael.

“Antigamente, as pessoas queriam estudar para sair da roça. Hoje, para estar na roça, é preciso estudar para acompanhar a evolução mundial e agregar valor no campo. Cada vez mais, esse processo é uma realidade” complementa.

O processo relatado nesta história, nada mais é, do que agregação de valor ao trabalho no campo e percepção de que a união da tradição da antiga geração com a modernidade e a dinâmica da nova geração é uma das grandes oportunidades que temos dentro do agronegócio. Pois somente desse modo, novas ideias são agregadas dentro e fora da porteira.

Quando questionado sobre qual mensagem deixaria para os jovens do estado, Rafael afirmou: “A mensagem que eu deixo para os filhos de agricultores do estado é que procurem sempre a evolução e o conhecimento. Desde a época dos nossos avós, o conhecimento aplicado ao campo gerou mais valor e aumentou a produtividade consideravelmente. Por isso, busquem se profissionalizar, sempre!”

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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