Out 2021
8
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Participação e luta pelo espaço

Ao longo das últimas duas décadas, a participação feminina na força de trabalho, medida pela Taxa de Participação Feminina na Força de Trabalho (TPFT) saiu de 3% em 2002, para 40% em 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

Em relação ao agro, levando em conta a apuração do Censo Agropecuário do IBGE, com a última atualização realizada em 2017, identificou-se 947 mil mulheres estão no comando de propriedades rurais no Brasil em um universo de 5,07 milhões de pessoas. Explorando ainda mais os dados, notou-se que 57% dessas dirigentes estão concentradas no Nordeste do País.

Nesse sentido, observa-se que a ocupação de espaço de mulheres vem sendo construída ao longo dos anos e que deve ser uma tendência que persistirá ao longo do tempo. Vale lembrar que hoje, segundo o estudo “Representatividade das Mulheres nas Empresas”, não há mulheres exercendo qualquer cargo de chefia em 27,4% das empresas brasileiras Ainda, elas têm salário inferior ao dos homens em 46,8% das 2.542 companhias analisadas na pesquisa.

Por isso, a ocupação de espaços de liderança e o desejo de maior participação de mulheres no campo também é fundamental em nossa realidade.

O potencial de maior ocupação de posições de lideranças por mulheres

Hoje, as mulheres administram cerca de 30 milhões de hectares, o que representa apenas 8,5% do espaço agrícola existente no Brasil. Além disso, elas são proprietárias de 19% dos estabelecimentos identificados pelo Censo Agropecuário 2017, enquanto os homens detêm 81% das operações.

Outro ponto é que, quando lideram os processos e a gestão nas propriedades, as mulheres costumam a lidar com mais de uma função no dia a dia. Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), 71% das mulheres ligadas ao agronegócio têm múltiplas tarefas e responsabilidades.

Por isso, podemos concluir que além da melhoria e da conquista de espaços no agro que vivenciamos hoje, ainda há grande potencial para que as mulheres liderem ainda mais iniciativas no campo.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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