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As mulheres já ocupam cerca de 34% dos cargos gerenciais do agronegócio no Brasil, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na prática, isso significa um milhão de mulheres dirigem propriedades rurais no país.
Mas vale lembrar que esse é um movimento que vem sendo observado não apenas no agro, mas em todas as camadas da sociedade. Por isso, confira os destaques das mulheres no campo!
Ao longo das últimas duas décadas, a participação feminina na força de trabalho, medida pela Taxa de Participação Feminina na Força de Trabalho (TPFT) saiu de 3% em 2002, para 40% em 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)
Em relação ao agro, levando em conta a apuração do Censo Agropecuário do IBGE, com a última atualização realizada em 2017, identificou-se 947 mil mulheres estão no comando de propriedades rurais no Brasil em um universo de 5,07 milhões de pessoas. Explorando ainda mais os dados, notou-se que 57% dessas dirigentes estão concentradas no Nordeste do País.
Nesse sentido, observa-se que a ocupação de espaço de mulheres vem sendo construída ao longo dos anos e que deve ser uma tendência que persistirá ao longo do tempo. Vale lembrar que hoje, segundo o estudo “Representatividade das Mulheres nas Empresas”, não há mulheres exercendo qualquer cargo de chefia em 27,4% das empresas brasileiras Ainda, elas têm salário inferior ao dos homens em 46,8% das 2.542 companhias analisadas na pesquisa.
Por isso, a ocupação de espaços de liderança e o desejo de maior participação de mulheres no campo também é fundamental em nossa realidade.
Hoje, as mulheres administram cerca de 30 milhões de hectares, o que representa apenas 8,5% do espaço agrícola existente no Brasil. Além disso, elas são proprietárias de 19% dos estabelecimentos identificados pelo Censo Agropecuário 2017, enquanto os homens detêm 81% das operações.
Outro ponto é que, quando lideram os processos e a gestão nas propriedades, as mulheres costumam a lidar com mais de uma função no dia a dia. Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), 71% das mulheres ligadas ao agronegócio têm múltiplas tarefas e responsabilidades.
Por isso, podemos concluir que além da melhoria e da conquista de espaços no agro que vivenciamos hoje, ainda há grande potencial para que as mulheres liderem ainda mais iniciativas no campo.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória