No próximo mês, as lideranças globais se reunirão na Escócia, em Glasgow, para debater e decidir os rumos da sustentabilidade no planeta. O encontro, conhecido como COP26, ocorre em um momento oportuno, em que o Brasil e o mundo vivem impasses climáticos como crises hídricas e energéticas, além de fenômenos naturais extremos como os furacões, incêndios e enchentes que ocorreram em países como os Estados Unidos e na Alemanha.
Mas como esse encontro influencia o agronegócio e os produtores rurais?
A COP é a abreviatura de Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), um evento anual, mas que foi adiado no ano passado em virtude da pandemia.
Os líderes das principais economias mundiais comparecem, mas muitas das discussões acontecem entre ministros e outras autoridades de alto nível que trabalham com questões climáticas. Por outro lado, o número 26 significa indica a sequência de encontros, ou seja, esta é a 26ª reunião do grupo.
Mais de 190 países assinaram o Acordo de Paris após a reunião da COP21, em 2015, para limitar o aumento das temperaturas globais abaixo de 2 graus Celsius dos níveis pré-industriais, mas de preferência para 1,5ºC.
Nesse sentido, por reunir os principais tomadores de decisões ao redor do mundo e atrair a atenção de empresários de todos os segmentos, a COP26 influencia diretamente no setor produtivo e na construção de políticas e do desenvolvimento sustentável de boa parte dos países do globo.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que o papel positivo da agropecuária para a mitigação de emissões e adaptação às mudanças climáticas deve ser reconhecido durante as discussões da COP26.
A ministra enfatizou que é preciso mostrar que a agropecuária brasileira promove, além da geração de renda e da segurança alimentar, a conservação ambiental e destacou a importância do setor privado para carregar essa mensagem ao mundo. “Não há sustentabilidade a menos que todos os elos da cadeia estejam envolvidos e comprometidos”, destacou no Fórum Brasil Pró Clima.
Além disso, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Ribeiro Leite, também participou do evento e disse que o Mapa vai aproveitar a COP26 para apresentar programas que representam o que há de mais moderno na agricultura brasileira, como o Plano ABC+, que já destacamos em nossas colunas.
Por fim, pautas como a regularização fundiária também foram discutidas como forma de combater o desmatamento na Amazônia e promover sustentabilidade no agronegócio brasileiro.
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