As mulheres mais poderosas do agro brasileiro e capixaba
Pela forte representatividade do agronegócio no PIB brasileiro, o país é um dos grandes consumidores mundiais de fertilizantes. Contudo, esse é mais um produto que vem sofrendo com a crise da cadeia de suprimentos, com forte queda da disponibilidade no mercado internacional. Nesse cenário, o agro brasileiro pode sofrer ao longo dos próximos meses e por isso, os produtores devem ficar ligados.
Na primeira quarta-feira de novembro (3/11), a Rússia anunciou que limitará suas exportações de fertilizantes por, pelo menos, seis meses. Na prática, o Brasil pode ser afetado, principalmente na importação de nitrogenados, segundo a consultoria StoneX. Isso porque os russos são o único fornecedor desse insumo para a nossa economia.
Como um forte produtor global, o gigante asiático optou por restringir a saída dos fertilizantes graças a escassez no mercado interno e a aceleração da inflação no país, que vem afetando o bolso dos russos. Assim, o presidente Vladimir Putin solicitou medidas para garantir o abastecimento aos produtores do país e para conter a o aumento de preços no segmento de alimentos.
Em números, 85% do consumo de fertilizantes no Brasil vem de terras estrangeiras. Nesse sentido, mesmo com os benefícios tributários para a importação desse bem, a escassez no mercado global e o anúncio feito pela Rússia podem dificultar a situação dos produtores ruais, que já se deparam com aumento de custos considerável.
Em meio a essa ameaça, alguns parlamentares já buscam encontrar mediadas para amenizar a situação da agricultura. Nesse sentido, no dia 13 de outubro, foi proposto um projeto de lei (PL 3.507/2021), de autoria dos deputados federais Laércio Oliveira (Progressistas-SE), Christino Áureo (Progressistas-RJ) e Evair de Melo (Progressistas-ES), visando a instituir uma série de medidas tributárias para fomentar o setor. Isso vai em linha com o anseio de desenvolver a indústria de fertilizantes nacional, que, segundo integrantes do setor, encontra barreiras tributárias para o seu desenvolvimento.
Independente da solução que for adotada ao longo dos próximos meses, a Agro Business seguirá acompanhando os movimentos desse mercado e sua implicações sobre os produtores capixabas e nacionais.
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