Na última sexta-feira, no 1º Encontro Agro Business realizado em Linhares, o Vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Renato Naegele, destacou que o setor viveu um dos melhores momentos da história na última década, mesmo em meio a adversidades e crises globais. Na última década, o PIB do agro cresceu 25,4%, enquanto a indústria recuou 12% e os serviços avançaram 1,5%.
“Isso mostra que o agro é um setor robusto e resiliente, graças a competência dos produtores, à tecnologia e ao acesso à mercados externos”, destacou Naegele no evento.
Mesmo em meio a crises e a movimentos setoriais como a crise hídrica, Naegele destaca que o agronegócio propulsiona o crescimento e desenvolvimento da economia brasileira há décadas, com uma cadeia de valor que movimenta R$ 2 trilhões, isto é, 27% do PIB. “E tenho certeza de que nesta década, o setor continuará movimentando o Brasil”, complementa.
Ainda, como ferramenta fundamental para sustentar o segmento, Naegele também destacou o mercado de crédito, que cresceu ao longo dos últimos anos, mesmo em meio a um momento de restrição fiscal nos últimos anos. “No Espírito Santo, desde o dia 1º de julho até o dia 19 de novembro, mais de R$ 1 bilhão no agronegócio, contra aproximadamente, R$ 650 milhões na mesma safra do ano passado. Isso confirma o crescimento significativo do volume de crédito nas atividades”, ressalta.
Por outro lado, Renato destaca que, mesmo com o aumento do volume de crédito, os produtores ainda sofrem com o crescimento dos custos de produção, graças as pressões inflacionárias e a quebra da cadeia global de suprimentos, que afetou o mercado de fertilizantes e defensivos, principalmente.
“Mesmo em meio a esse cenário, os produtores sabem da força de seu setor e segue movendo um grande volume de investimentos no Espírito Santo e em todos os estados do país”, ressalta Naegele. Nesse sentido, o volume de investimento desembolsado no setor segue crescendo no Brasil, em 61%, e mais ainda no ES, em 67%, na comparação com a safra passada.
“Esse movimento, que consiste em investimento em sua maioria de longo prazo, nos permite esperar uma forte década para o agronegócio. E isso vem não apenas do mercado de crédito, mas da penetração do mercado de capitais como um todo no agronegócio”, conclui.
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