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A rotina dos produtores que trabalham nos canaviais não é para qualquer um. Quando se trata do tratamento de pragas e potenciais ameaças as lavouras, eles precisam andar quilômetros para identificar a presença de ervas daninhas a olho nu, perdendo um dia ou mais de produtividade. Mas esses dias podem começar a ficar para trás, graças a inovação da Tereos.
Nos mais de 300 mil hectares de lavoura que a gigante francesa opera no país, a inteligência artificial será a nova solução para otimizar a identificação das plantas e endereças os tratamentos de forma mais eficiente.
Por meio do mapeamento via satélite, a tecnologia conta com a viabilidade da adoção do sistema de computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS), do grupo Amazon. Utilizando os serviços da companhia desde 2017, a Tereos encontrou um solução de baixo custo e com o forte potencial de aumento de produtividade. Por meio do mapeamento e uso de dados, o sistema armazena todos os movimentos gerados na área agrícola.
Com isso, a transformação digital avança hoje em quatro áreas na estrutura da empresa no Brasil: cadeia de suprimento, produção agrícola, operação industrial e decisões comerciais. Para tal, a companhia montou uma equipe própria de profissionais de ciência de dados que analisam os dados que chegam das operações.
Assim, além de potencializar as vendas e a produção da companhia, a inteligência de dados da empresa consegue mapear e identificar ervas daninhas. Para realizar a tarefa, o programa leu cerca de 30 mil imagens de uma área de 100 hectares, nas quais foram identificadas diferenças nas linhas de cana, no posicionamento e na cor das plantas que indicam a presença das “invasoras”.
Além dessas finalidades, a empresa consegue estimar de forma mais precisa os números da produção, o que facilita na otimização do uso de insumos e nas projeções e controle do orçamento.
Contudo, a empresa ainda enfrenta o desafio da conectividade instável ou baixa nas áreas rurais. Esse gargalo, por sua vez, deve ser solucionado com o avanço da instalação de redes 5G no Brasil, que devem expandir no próximo ano.
Por isso, vale destacar que, apesar dos inúmeros desafios, boa parte dos problemas do agro serão solucionados por meio da implementação da cultura de dados e de novas tecnologias. E esse é o agro do futuro!
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória