PIB brasileiro sofre queda de 0,1% no 3º tri e agro sofre forte contração
Mesmo com a queda de 8% no terceiro trimestre de 2021, em razão dos efeitos majoritariamente climáticos, as expectativas para o agronegócio ainda são positivas para o fechamento de 2021 e para 2022. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a expansão deve seguir, mas em menor aceleração. Além disso, os preços das commodities agrícolas devem seguir em alta.
Segundo as projeções da CNA, o PIB da agropecuária deve crescer 1,8% neste ano. Ainda, para 2022, espera-se um crescimento de 2,4%. Em termos de valor bruto da produção (VBP), espera-se um crescimento de 4,2% já em 2022, valor que deve ser puxado pelo bom desempenho esperado nas colheitas do milho, trigo e café e pela valorização nas cotações de cana-de-açúcar e algodão.
Por outro lado, ao considerar o PIB do agronegócio, que envolve toda a cadeia antes e depois da porteira, a estimativa da CNA é de crescimento de 9,4% em 2021, considerando os aumentos nos níveis de preços aos produtores de serviços e indústria. Já para 2022, o cenário é mais incerto, com estimativas de avanço entre 3% e 5%.
Além das incertezas em relação à economia, o principal ponto de cautela destacado pela CNA está relacionado aos custos de produção, que podem ser os maiores da história, graças aos preços elevados de insumos como defensivos, fertilizantes e combustíveis. Ainda, com a taxa básica da economia em alta para conter a inflação, o custo do crédito também deve subir.
Dessa forma, a margem de lucro será achatada, mas não a ponto de tirar a rentabilidade dos produtores, acredita a CNA.
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