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Enquanto a tendência do uso de energia solar se prolifera ao redor do mundo em todos os setores, o agronegócio também apresenta números relevantes. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Absolar, o setor rural representa 13,1% da potência instalada no país, com mais de 790 MW instalados. Além disso, em 2020, o mercado de energia solar no agronegócio ultrapassou R$1,7 bilhão de investimento. Com isso, em um mundo que busca cada vez mais sustentabilidade em sua agenda, como os produtores capixabas devem se posicionar em busca de energias limpas?
No Espírito Santo, alguns produtores já estão participando da transição energética. É o caso do produtor Saulo Favaro, que com tradição familiar no agro em Pinheiros e decidiu adaptar a tecnologia à sua propriedade.
“Trabalhamos com o café conilon como cultura principal e com o mamão sendo secundário. Então a irrigação era fundamental e usávamos o sistema tradicional. Acompanhando o desenvolvimento e divulgação dessas novas tecnologias, decidi orçar e estudar a viabilidade da energia solar com o apoio de uma companhia linharense, a ME Energia Solar”, disse à Agro Business.
“Anteriormente, a taxa de retorno desse investimento era distribuída em um longo período. Hoje, com os avanços, esse tempo se tornou mais curto, em torno de 4 anos, o que tornou esse movimento ainda mais interessante. Além disso, após a instalação e equalização de todo o sistema, conto com uma redução de custos imediata, ainda mais com os preços da energia disparando atualmente”, completou.
Saulo ainda ressaltou que além dos ganhos financeiros, há uma vantagem produtiva para aqueles que adotam a energia solar como alternativa aos meios tradicionais. “Geralmente, quando consumíamos a energia elétrica gerada pelos meios tradicionais, a irrigação das plantas ocorria a noite, dado o menor fluxo nas redes. Contudo, o período ideal para as minhas culturas é o da manhã. Então, o processo era realizado à noite, criando uma reserva para que as plantas absorvessem pela manhã do dia seguinte. Hoje, consigo irrigar exatamente no período ideal, o que beneficia as plantas e a produção”, afirmou.
Saulo passou a gerar energia fotovoltaica com o apoio da empresa capixaba ME Energia Solar, que atua no mercado há mais de 7 anos em parceria com a WEG, uma companhia brasileira de equipamentos e motores elétricos que está entre as principais economias do mundo. Com clientes ao redor do estado, no Rio de Janeiro e na Bahia, a ME Energia Solar auxilia os produtores no projeto e estudo de viabilidade de implantação, além da instalação, homologação na EDP, e implantação do sistema. A empresa também dá suporte para acesso à linha de crédito e o serviço tem 5 anos de garantia, com os equipamentos (placas solares), com garantia de 25 anos.
“Os benefícios são interessantes de forma ampla. Cada produtor possui uma realidade, mas essa tecnologia é adaptável em boa parte das propriedades. Vale a pena, pelo menos, conhecer melhor, estudar e fazer um orçamento para entender a viabilidade dessa aplicação”, conclui Saulo.
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