Dez 2021
25
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Dez 2021
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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

As características do trabalhador do campo

Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, os trabalhadores do campo representam cerca de 12% da mão de obra brasileira. Por outro lado, mesmo com o aumento do nível de emprego, os rendimentos do trabalhador do campo sofreram uma retração de 3%, graças a corrosão do poder de compra promovido pela inflação.

Dentro do setor, a mão de obra está majoritariamente alocada na agricultura, com 62,1% do total de trabalhadores. Em seguida, encontram-se pecuária (28,4%), pesca (5,3) e as florestas (4,2%). Além disso, 44,4% se declaram por conta própria, 22,7% sem carteira assinada e 17,3% com carteira assinada.

Vale destacar que, segundo a Cepea-Esalq/USP, 50% desses trabalhadores possuem ensino fundamental incompleto, 19,7% com médio completo e 10,4% com o fundamental completo. Sem instrução (8%), médio incompleto (7,5%), superior completo e incompleto (1,4% cada) completam a análise preliminar do grau de instrução.

Recuperação do emprego e perspectivas para 2022

Por um lado, a recuperação de empregos no agro em 2021 reflete a retomada em relação à pandemia no ano passado e as altas nos preços das commodities agrícolas no mercado internacional. Assim, se comparado ao terceiro trimestre de 2020, houve altas em todos os setores. Na agricultura, o nível de emprego cresceu 9,8%, na pecuária 8,8% e na produção florestal e nas demais lavouras uma evolução de 40% e de 11,1%, respectivamente.

Já para 2022, o Cepea mantém as projeções de crescimento do emprego no campo, em razão da manutenção das boas perspectivas para a colheita de grãos no país e aos preços favoráveis das principais commodities que o Brasil produz e comercializa no mercado global. Espera-se que a safra de grãos 2021/22 deve aumentar 15,1% em relação ao ciclo anterior e que o faturamento avance em 4,5%, segundo o Ministério da Agricultura.

Contudo, fica o alerta para o elevado nível de desemprego a nível nacional e para a inflação, que podem corroer o poder de compra dos trabalhadores do campo, mesmo em meio a alta no nível de empregos.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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