Energia solar é o futuro do agro. Mas como os produtores devem se posicionar?
O Brasil é um dos países mais relevantes no mercado global de commodities. Nesse sentido, essas mercadorias, relevantes para a nossa economia, superaram as expectativas e finalizaram o ano passado com altas significativas que não eram vistas há anos nas bolsas internacionais mais relevantes como a de Nova York e de Chicago.
No ano passado, a demanda em alta, ofertas limitadas por adversidades climáticas, dólar e petróleo colaboraram para as fortes valorizações observadas. Assim, para o início desse ano, mesmo com a manutenção dos fundamentos de valorização, os patamares para a evolução já se encontram acima da média dos últimos anos.
Dessa forma, espera-se que, mesmo com uma desaceleração da valorização, esse movimento se mantenha. Em contraste, observa-se que as expectativas do mercado não convergem para desvalorização expressiva em 2022.
O café arábica, por exemplo, fechou o ano em valorização de 51,44% em Nova York, se comparado a 2020, atingindo a maior cotação desde 2014. Também na mesma bolsa, o açúcar se valorizou 38,5% na comparação anual. Ainda, o suco de laranja (8,65%), o algodão (44,1%), soja (42,52%) e o milho (53,01%) também se valorizaram de forma relevante.
Para grande parte dos produtos que se valorizaram, a combinação entre alta demanda e gargalos logísticos que afetaram a oferta foram os principais fatores que moveram as altas nos preços.
Ao longo de 2021, mesmo com a alta dos preços, exportadores e produtores não conseguiram manter margens de lucro altas, dado o aumento dos preços dos insumos da produção e do custo do transporte. Ainda, as perdas nas lavouras com as secas e as geadas do ano passado também afetaram o bolso desses agentes.
Contudo, em 2022, espera-se que os movimentos que motivaram as altas se sigam, enquanto a inflação será combatida pelas principais economias do mundo e seus bancos centrais. Por outro lado, os gargalos logísticos ainda serão uma pedra no sapato de todos os mercados globais, inclusive para o agro.
Nesse sentido, espera-se que as margens de produtores e exportadores se mantenham nos patamares atuais, enquanto os preços das commodities e de alimentos devem seguir em alta para 2022. Traçado esse cenário base, a Agro Business seguirá acompanhando os movimentos para as commodities agrícolas ao longo do ano.
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