Após boa performance em 2021, commodities do agro devem seguir aquecidas em 2022
O ano de 2021 foi um pouco conturbado para o mercado brasileiro de carnes, que sofre por cerca de 100 dias com o embargo da China, um dos maiores compradores da proteína do país. Mesmo assim, houve um recorde de faturamento, atingindo a marca de US$ 9 bilhões ao longo do ano passado.
Com isso, o ano de 2022 começa com boas perspectivas de receita e de volume de vendas externas.
Em 2021, um do motivo para o bom desempenho foi a compensação do embargo pelo aumento dos preços. Isso porque a carne chegou a se valorizar, na média, mais de 16%, chegando a um preço de US$ 5 mil por tonelada.
Em partes, com a manutenção da valorização, o retorno das compras chineses e a abertura a novos mercados, como Japão, Coréia do Sul e Canadá, espera-se que a receita em 2022 chegue pela primeira vez à casa dos US$ 10 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Ainda, a instituição destacou que a reabilitação de 12 plantas brasileiras na Rússia também pode favorecer os resultados do ano.
Segundo a Abiec, a China de fato é um cliente relevante para o nosso país, mas não há dependência. Isso porque o Brasil, além de ser consolidado no mercado global de carnes como um todo, ainda busca exportar para novas regiões, como Taiwan, México, Japão, Coréia do Sul e Canadá, que somados, representam cerca de 40% das importações mundiais de carne.
Por fim, o próximo ano pode ser marcado por uma expansão no ramo de carnes gourmet destinados as vendas externas, frente hoje que é dominada por Estados Unidos, Argentina e Austrália.
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