Atuantes em um dos ramos mais tradicionais e representativos cooperativismo, as cooperativas agropecuárias capixabas foram responsáveis, em 2020, por uma movimentação econômica de R$ 2,4 bilhões. O montante equivale a 35,9% de toda a movimentação desse modelo de negócio no estado no mesmo ano, que foi de R$ 6,6 bilhões.
Ao comparar com os indicadores de 2019, o valor é 29,8% superior ao registrado, quando atingiu R$ 1,8 bilhão. Um dos pontos que contribuíram para os resultados positivos, mesmo em um ano marcado pelos efeitos da pandemia da Covid-19, foi o investimento em treinamentos e desenvolvimentos, que chegaram a R$ 606 mil.
A contribuição do ramo aos cofres públicos também foi significativa. No período de 2018 a 2020, as cooperativas do agro recolheram, em média, R$ 103,8 milhões de tributos por ano. O valor recolhido em 2020 foi 57,9% superior ao de 2019. Além disso, o total recolhido pelas cooperativas agropecuárias representa 32,1% dos R$ 429,2 milhões coletados aos cofres públicos pelas cooperativas do Espírito Santo.
Esses dados integram o Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021, lançado pelo Sistema OCB/ES. Segundo o superintendente da instituição, Carlos André Santos de Oliveira, o resultado reflete o trabalho histórico realizado pelas cooperativas, com destaque para o momento em que a redução da circulação se tornou uma necessidade devido à pandemia.
“Atentas às necessidades que surgiram, as nossas cooperativas buscaram se adaptar rapidamente à necessidade e mostraram a sua força, resiliência e capacidade de superação, viabilizando o alimento que foi para mesa do capixaba em um contexto em que ficar em casa se tornou questão de sobrevivência. Um trabalho necessário e que fez a diferença”, disse.
Em ordem de faturamento, os produtos que ocuparam as primeiras colocações foram o café, totalizando R$ 917,5 milhões e o leite e seus derivados, atingindo um montante de R$ 580,8 milhões.
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