Jan 2022
13
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

As performances de destaque

“Em geral, o bom ano do agronegócio na bolsa foi influenciado pela alta conjunta dos preços das commodities e do dólar. Com esses fatores alinhados, as empresas listadas conseguiram corresponder a demanda com preços mais elevados, apresentando bons resultados para o setor”, afirmou Vinicius Torres, Head de Renda Variável da APX Invest.

Assim, favorecidas pela maior exposição ao mercado americano, a JBS e a Marfrig fecharam o ano com valorizações acumuladas de 76% e 73%, respectivamente. Esse movimento possibilitou ambas as companhias a contornar os efeitos do embargo chinês às carnes brasileiras por cerca de 3 meses. Por outro lado, no mesmo setor, a Minerva sofreu com a imposição do gigante asiático, mesmo assim observou suas ações valorizarem 15% em 2021. Ainda, a BRF encerrou o ano com valorização tímida se comparada as empresas citadas acima, com os papéis se valorizando 2%, refletindo a alta dos grãos e a queda nos preços dos suínos exportados a China.

Já o movimento dos grãos favoreceu a SLC e a Brasilagro, que notaram valorizações de 68% e 27% no ano passado, respectivamente. Para o setor da cana, a tradicional São Martinho se destacou, com alta de 34% no ano, mesmo sendo afetada pelas secas e geadas, mas aproveitando o movimento de alta dos combustíveis, do açúcar e do dólar. A Jalles Machado, que esteou na bolsa em fevereiro, também aproveitou os movimentos favoráveis, alcançando valorização de 29%.

Contudo, a Raízen, líder no setor sucroalcooleiro não conseguiu seguir essa tendência, que desde o IPO até o fim do ano passado, registrou queda de 13% no valor de seus papéis. Na distribuição de insumos, a Agrogalaxy e a 3tentos também sofreram quedas, mas em maior proporção, de 22% e 21%, em ordem.

Por fim, as outras estreantes de B3, a Boa Safra (+60%) e a Vittia (+69%), encerraram o ano com movimento positivo forte. Já a veterana Kepler Weber também encerrou o ano bem, com valorização acumulada de suas ações em 32% no ano.

“Costumo dizer que a bolsa nada mais é do que o lucro das empresas que estão nela. Com um ano apresentando bons fundamentos, as empresas do agro conseguiram performar e lucrar, o que refletiu nos bons resultados de suas ações”, salientou Vinicius.

Ele ainda destacou que, as boas empresas do setor que fizeram IPOs na bolsa chamaram maior atenção para o setor como um todo na bolsa, que viveu um momento favorável em 2021.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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