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Das 14 empresas de capital aberto do agronegócio na B3, 11 fecharam 2021 com ações em alta, segundo levantamento Valor Data. Com as commodities em boa performance no mercado internacional e o bom desempenho das proteínas animais, algumas das companhias conseguiram aproveitar as oportunidades no ano passado, ganhando destaque em relação ao movimento geral do mercado brasileiro, que registrou, no acumulado de 2021, queda de 11,92%.
“Em geral, o bom ano do agronegócio na bolsa foi influenciado pela alta conjunta dos preços das commodities e do dólar. Com esses fatores alinhados, as empresas listadas conseguiram corresponder a demanda com preços mais elevados, apresentando bons resultados para o setor”, afirmou Vinicius Torres, Head de Renda Variável da APX Invest.
Assim, favorecidas pela maior exposição ao mercado americano, a JBS e a Marfrig fecharam o ano com valorizações acumuladas de 76% e 73%, respectivamente. Esse movimento possibilitou ambas as companhias a contornar os efeitos do embargo chinês às carnes brasileiras por cerca de 3 meses. Por outro lado, no mesmo setor, a Minerva sofreu com a imposição do gigante asiático, mesmo assim observou suas ações valorizarem 15% em 2021. Ainda, a BRF encerrou o ano com valorização tímida se comparada as empresas citadas acima, com os papéis se valorizando 2%, refletindo a alta dos grãos e a queda nos preços dos suínos exportados a China.
Já o movimento dos grãos favoreceu a SLC e a Brasilagro, que notaram valorizações de 68% e 27% no ano passado, respectivamente. Para o setor da cana, a tradicional São Martinho se destacou, com alta de 34% no ano, mesmo sendo afetada pelas secas e geadas, mas aproveitando o movimento de alta dos combustíveis, do açúcar e do dólar. A Jalles Machado, que esteou na bolsa em fevereiro, também aproveitou os movimentos favoráveis, alcançando valorização de 29%.
Contudo, a Raízen, líder no setor sucroalcooleiro não conseguiu seguir essa tendência, que desde o IPO até o fim do ano passado, registrou queda de 13% no valor de seus papéis. Na distribuição de insumos, a Agrogalaxy e a 3tentos também sofreram quedas, mas em maior proporção, de 22% e 21%, em ordem.
Por fim, as outras estreantes de B3, a Boa Safra (+60%) e a Vittia (+69%), encerraram o ano com movimento positivo forte. Já a veterana Kepler Weber também encerrou o ano bem, com valorização acumulada de suas ações em 32% no ano.
“Costumo dizer que a bolsa nada mais é do que o lucro das empresas que estão nela. Com um ano apresentando bons fundamentos, as empresas do agro conseguiram performar e lucrar, o que refletiu nos bons resultados de suas ações”, salientou Vinicius.
Ele ainda destacou que, as boas empresas do setor que fizeram IPOs na bolsa chamaram maior atenção para o setor como um todo na bolsa, que viveu um momento favorável em 2021.
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