7º Encontro Folha Business contará com liderança do agronegócio
O índice Refinitiv CoreCommodity CRB, uma medida composta dos preços das commodities, exibia uma alta anual de 46% no fim de janeiro. Trata-se do maior aumento desde 1995, quando os dados comparáveis passaram a ser divulgados. Nesse sentido tanto as commodities do agro quanto as demais puxaram as altas, o que reflete o aumento da demanda com a retomada econômica, mas a escassez de oferta com os gargalos logísticos globais e conflitos políticos.
Boa parte das commodities estão em alta no mercado global. Para as do agro, o café e o algodão foram os destaques, com altas anuais respectivas de 91% e 58%, até janeiro deste ano. Na prática, esses movimentos refletem sobre os preços de bens básicos na economia, como o de alimentos e vestuário.
Nesse sentido, não apenas o seu cafezinho vem ficando mais caro todas as manhãs, mas também suas roupas, seu almoço e seu jantar. Em suma, os alimentos no domicílio representam em média mais de 15% dos gastos no orçamento dos brasileiros, peso que atinge 25% dependendo do nível de renda. Enquanto isso, em 2020, a “inflação dos alimentos” alcançou o patamar de 18% e, no ano passado, houve alta de 8,2%.
“Estamos com falta de tudo, não importa se é petróleo, gás, carvão, cobre, alumínio”, afirmou Jeff Currie, analista de commodities do Goldman Sachs, à Bloomberg TV. Entre 22 itens importantes, nove subiram mais de 50%, incluindo os preços de commodities agrícolas citadas acima. O preço do alumínio está em uma escalada que totaliza 53%.
Ainda, O preço dos combustíveis no mercado internacional seguirá sendo uma preocupação em 2022 e um desafio para a inflação brasileira, com o barril de petróleo do tipo Brent já na casa dos US$ 90, e podendo chegar a US$ 100, os maiores patamares desde 2018, por exemplo.
Com isso, vale ressaltar que os preços em alta das commodities também afeta em outras frentes de consumo da população em geral, como da gasolina, preços das corridas de motoristas de aplicativos e também aumento dos preços da energia.
Por hora, o cenário de alta deve se manter, mas a Agro Business seguirá acompanhando os movimentos no mercado global de commodities.
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