Crédito rural subsidiado é suspenso pela segunda vez em dois anos
O índice de preços de alimentos da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou 135,7 pontos no mês passado, representando uma alta de 1,1% em relação ao resultado de dezembro de 2021 e 19,6% acima do observado em janeiro de 2021. Esse é um patamar recorde registrado pela FAO, sinalizando que a “inflação dos alimentos” ainda não deu trégua ao redor do mundo.
No primeiro mês de 2022, os itens que mais influenciaram na alta foram os óleos vegetais (+4,2%) e os laticínios (+3,2%). Parte dessa elevação foi compensada pelas quedas nos preços do açúcar (-3,1%). Por outro lado, a categoria de carnes e cereais permaneceram no zero a zero.
Segundo a FAO, para a categoria de óleos, os principais fatores que influenciaram nos preços foram as expectativas de reduções das exportações de óleo de palma da Indonésia e o aumento relevante da demanda pelo óleo de soja, puxado principalmente pela Índia. Ainda, os preços do petróleo também influenciaram nas contações. No caso dos lácteos, o leite em pó desnatados e a manteiga foram os produtos que impulsionaram a alta, com o encarecimento dos insumos.
Em relação ao açúcar, a queda dos valores foi sustentada pela melhoria no quadro das colheitas na Índia e na Tailândia, além da evolução no quadro de chuvas nas regiões produtoras no Brasil.
Ainda, as cotações da carne bovina atingiram um novo pico, sustentados por uma forte demanda global, que superou a oferta de exportação, principalmente do Brasil e da Austrália. Por outro lado, as cotações da carne suína subiram ligeiramente, enquanto os preços de carne ovina e aves diminuíram.
Por fim, em relação aos cereais, a instituição destacou dois pontos relevantes. O aumento marginal de 0,1% em janeiro foi influenciado negativamente pela demanda firme pelo trigo, com um aumento sazonal na oferta da Austrália e da Argentina, mas compensado positivamente pelas altas nos preços globais do milho, com as secas no Brasil e na Argentina.
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