Em 2021, agroindústria fecha no zero a zero em meio a desafios globais, diz FGV
A Secretaria do Tesouro Nacional remanejou R$ 9,5 milhões do orçamento federal para pagar a equalização das operações de investimento rural e agroindustrial da linha do Plano Safra destinada às empresas cerealistas. Esse movimento vem em meio a escalada dos juros no Brasil, o que encarece ainda mais as despejas com as taxas subsidiadas. Vale lembrar que o dinheiro será usado para bancar a subvenção de financiamentos contratados na temporada 2020/21.
O crédito suplementar foi necessário devido ao aumento dos custos do Tesouro para equalizar os juros, puxado pela alta na taxa Selic nos últimos meses. O recurso saiu do orçamento reservado para pagamento de subvenção nas operações de prorrogação de dívidas do crédito rural.
A equipe econômica deverá realizar novos remanejamentos ao longo desta esta semana para tentar retomar as contratações de financiamento, ao menos, via Pronaf, para os agricultores familiar. Nesse cenário, a Agro Business seguirá acompanhando os rumos dessas movimentações e quais os seus impactos sobre os produtores.
Por fim, cabe destacar que a linha de crédito exclusiva para cerealistas investirem na construção ou ampliação de armazéns é um espelho do PCA destinado aos produtores, mas com valor de contratação limitado a R$ 200 milhões e subvenção de R$ 20 milhões. Ela foi criada pela MP 897/2019, a MP do Agro. Na safra 2020/21, os juros foram de 6% ao ano e prazo de pagamento de 13 anos.
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