Startup desenvolve tênis antichulé feito de borra de café
Em 2021, em meio a desafios globais e internos a agroindústria nacional fechou o ano no zero a zero, segundo análise do Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro). Isso porque o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) caiu 2,1% no último mês do ano, depois de uma alta de 3,9% em novembro de 2021. Com isso, o índice fecha o ano em estabilidade na comparação com 2020.
Em relação ao último mês de 2021, a influência positiva foi definida por crescimentos tanto no grupo de produtos não-alimentícios (4%) quanto no formado por alimentos e bebidas (3,8%). No primeiro, os destaques foram os avanços dos biocombustíveis (16,9%) e da área de fumo (10,9%); no segundo, a maior variação positiva foi a dos produtos alimentícios de origem vegetal (7,1%).
Contudo, os pesquisadores da FGV ressaltaram que, apesar de não haver retração, o resultado de estagnação não necessariamente é uma boa notícia, principalmente pelo fato de 2020 ser marcado pelo ano da pandemia. Ou seja, a base de comparação já era reduzida.
Também, o resultado final do ano passado foi estável graças ao crescimento de 7,5% da produção de produtos não-alimentícios, uma vez que no grupo formado por alimentos e bebidas houve retração de 6,2%. O centro da FGV também destaca que a agroindústria brasileira encerrou 2021 com um nível de produção 3,6% inferior a fevereiro de 2020, isto é, antes do começo da pandemia.
Vale ressaltar que O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
Para 2022, a instituição mantém cautela. As expectativas convergem para o acumulado do ano uma pequena expansão de 0,4%, fruto de altas de 0,3% no setor de alimentos e bebidas e de 0,6% na área de produtos não-alimentícios, como cenário base.
Esse cenário considera fatores como o controle da pandemia, um crescimento de 0,3% da economia brasileira (como esperado pelo mercado), a inflação ainda elevada em 5,5%, o cenário geopolítico externo relativamente ameno e pouca instabilidade pelas eleições. Por fim, se o horizonte se mostrar mais amigável, o PIMAgro poderá subir até 1,8%. Se for mais sombrio, poderá recuar até 1,3%, destacou a instituição.
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