Como o conflito entre Rússia e Ucrânia influencia o agro?
Mesmo em meio a custos de produção elevados e problemas sanitários para os animais, a psicultura cresceu 4,7% em 2021. O ano desafiador impôs um crescimento abaixo da média dos oito anos anteriores, de 5,6%, mas o resultado ainda é positivo. Assim, a produção de peixes de cultivo chegou à marca de 841 mil toneladas, considerando tilápias e peixes nativos, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).
Assim como no caso das demais s proteínas animais, a psicultura sofreu com o aumento nos preços de milho e farelo de soja, que são insumos fundamentais para a produção da ração, utilizada para alimentar os peixes. Além da questão interna, os preços das importações também cresceram, com a alta do dólar e de fornecimento internacional. Agora, segundo a PeixeBR, o principal desafio é se adequar a retomada das cadeias de insumos globais e cortar custos.
Assim, a produção de tilápia avançou 9,8% em 2021, chegando a 534 mil toneladas, cerca de 63,5% do total. A produção de outras espécies cresceu 17% na comparação anual, para 44,6 mil toneladas, ou 5,3% do total. Entretanto, apenas a produção de espécies nativas foi menor no ano passado, segundo o anuário. Liderado pelo tambaqui, o volume somou 262,4 mil toneladas, ou 31,2% da produção nacional. A queda foi de 5,85% em relação a 2020.
Linhares é o maior produtor de tilápias do Espírito Santo, com cerca de 30,5% da contribuição total nesse ramo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números, o município pode entregar ao mercado cerca de 150 toneladas por mês desse peixe. Com o modelo de produção inovador, por meio de tanques escavados em terra, na propriedade do produtor Antônio Roberto Bourguignon.
Então, o crescimento desse mercado dá ainda mais destaque à Linhares e ao Espírito Santo como um dos principais polos produtores do país.
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