Em meio a chuvas, geadas, queimadas e secas cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas, redução de preços fica cada vez mais distante. Questões climáticas já foram responsáveis pelo aumento de 12,54% nos preços dos alimentos no Brasil em 2021.
Em 2022, espera-se novamente grandes alterações do clima que prejudicam o agronegócio, devido a La Niña, que provoca fortes chuvas no Norte e Nordeste do país, além da estiagem no Sul.
Com isso, os preços dos alimentos tendem a continuar subindo em 2022. Isso ocorre porque as alterações no clima provocam perdas, o que aumenta a escassez de produtos e gera um aumento nos valores do mercado.
Ao mesmo tempo, ocorre uma falta de chuvas na região Sul e Centro-Oeste do Brasil. Com a seca, houve muitas perdas de produtos e deve pressionar ainda mais a inflação agrícola.
O preço da carne tem chamado a atenção dos consumidores já há um tempo, e em 2022, deve ser um dos principais produtos afetados. Acontece que com as secas em diversas regiões do Brasil, o pasto é prejudicado, e aumenta os custos de produção da indústria pecuária/aviária, que pode repassar para o consumidor final.
O feijão também deve sofrer do mesmo impacto. A seca no Paraná aliada ao aumento do volume de chuvas em Minas Gerais e na Bahia, geraram perdas significativas, reduzindo a oferta do produto no mercado, que consequentemente, tem seu preço reajustado.
Vale lembrar que, mesmo com os preços dos alimentos subindo, isso não significa um aumento dos lucros dos produtores rurais, uma vez que os custos em sua cadeia de produção aumentaram significativamente e tiveram impactos diretos nas margens de lucro dos produtores, e para conseguir se manter, acaba repassando para o consumidor final.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
