Lideranças capixabas se reúnem com Ministra da Agricultura para debater sobre crise dos fertilizantes
O segmento de carnes à base de plantas movimentou cerca de US$ 8,5 bilhões em 2021. Famosos e gigantes da tecnologia têm apostado numa mudança no hábito de consumo da população e investido na indústria de “carnes” veganas.
Quando tratamos de alternativas veganas, automaticamente vem na cabeça: substituir o peito de frango por cogumelo shimeji, ou usar jaca para substituir uma massa, porém, as proteínas alternativas chegam para revolucionar o mercado. Trata-se, não de um substituto, mas sim de um emulador de experiência. O consumidor tem em seu prato, algo que tem aspecto, sabor, cheiro e textura de carne, mas sem ser carne, e tudo sendo possível graças à tecnologia.
No Brasil, a empresa de inteligência Euromonitor, identificou um aumento de 70% nas vendas de produtos feitos de planta em um intervalo de cinco anos. Cerca de US$82,8 milhões foram movimentados, só no mercado brasileiro em 2021.
A empresa do ramo alimentício a base de plantas, Archer Daniels Midland (ADM) enxerga um crescimento expressivo na indústria para os próximos anos, e por isso, investe pesado na diversificação de fontes de proteínas, buscando carnes “de ar”, fungos, algas e até insetos. A empresa americana tem uma joint venture com a brasileira Marfrig, a PlantPlus e que atua tanto no varejo como no food service.
As razões que ditam essa nova tendência de consumo podem ser resumidas em 2 motivos. O primeiro, é a busca por uma vida mais saudável, sendo uma crescente preocupação que os consumidores também tiveram durante a pandemia. A segunda é o fato dos consumidores estarem se preocupando cada vez mais com as mudanças climáticas e enxergam essa nova forma de consumo, como uma forma de reduzir e mitigar os impactos naturais que cada indivíduo gera na sociedade. Segundo dados da Euromonitor, um terço dos consumidores globais reduziram suas emissões de gases do efeito estufa em 2021.
Seguindo a tendência, bilionários e artistas têm abraçado e investido na causa. No mês de fevereiro, o ex-beatle Paul McCartney, vegetariano assumido, participou de uma rodada de investimentos que levantou US$ 100 milhões para a empresa Next Gen Foods.
Na mesma linha, o casal tido como o mais famoso da indústria da música, Jay-Z e Beyoncé também investiram pesado no ramo. Ambos fizeram aportes e possuem participações em empresas como a Impossible Foods e Partake Foods (Com foco em biscoitos veganos), além da Simulate, que pretende emular nuggets de frango.
A foodtech NotCo, uma companhia que tem o controle dividido entre a gigante 3G Capital e o bilionário Warren Buffet, aposta na utilização de um algoritmo que analisa a estrutura molecular dos alimentos de origem animal e busca por meio de uma base dados, plantas que possuem estruturas moleculares semelhantes e que possam ser utilizadas para a fabricação de análogos daquele mesmo produto.
O ator Leonardo DiCaprio é vegetariano e também investe no segmento. Ele é um dos nomes de celebridades que estão por trás da BeyondMeat, empresa de carnes à base de plantas que está listada na bolsa americana, e que também conta com investidores como o fundador da Microsoft, Bill Gates.
Em suma, os hábitos de consumo permanecem em constante mudança. Atentos a isso, empresas e produtores precisam olhar com atenção o seu consumidor, para que possa identificar o quanto antes uma nova tendência de mercado.
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