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Com a suspensão em setembro de 2021, da importação de carne brasileira para a China – destino final de mais de 40% das carnes bovinas brasileiras – houve um redirecionamento massivo das exportações para outros mercados, mesmo com a suspensão tendo sido revogada em dezembro do mesmo ano. Além disso, preços elevados no mercado interno americano e uma seca que impactou os insumos utilizados na produção australiana, também contribuíram para o recorde alcançado, de 71 mil toneladas exportadas no primeiro bimestre para os EUA.
O volume de carne bovina brasileira exportada para os EUA ultrapassou os maiores e principais parceiros comerciais americanos pela primeira vez na história, como Canadá, México e Austrália, conforme os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O país exportou mais de 70 mil toneladas de carne no primeiro bimestre de 2022 – um aumento de 446% em relação ao mesmo período de 2021 – contra cerca de 66 mil toneladas do Canadá, 59 mil toneladas do México, 29 mil toneladas da Nova Zelândia e 29 mil da Austrália.
O número mostra avanços significativos na relação comercial entre Brasil e EUA no setor agropecuário, que historicamente, possui um forte viés protecionista por parte dos Estados Unidos, com os americanos suspendendo a importação de carne bovina fresca vinda do Brasil mais de uma vez.
O aumento expressivo, pode ser explicado por três fatores principais: dificuldades no mercado de parceiros comerciais dos EUA – como a seca que prejudicou a produção australiana -, altos preços no mercado interno americano e por último, mas não menos importante, a força da agricultura brasileira.
Segundo especialistas, o Brasil está diante de uma excelente oportunidade para fortalecer os laços com o mercado americano no setor agropecuário, devido aos recordes de pedidos de demissão de trabalhadores americanos, motivados pela busca por salários mais elevados.
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