Boleto vencido? 15,8% dos produtores rurais do país estão inadimplentes, diz Serasa
Devido a guerra na Ucrânia, commodities ao redor do globo registraram um disparate de preços, o que contribuiu para que o valor arrecadado pelas exportações também disparasse. Embora o conflito tenha gerado dúvidas em relação à logística de entrega e de pagamento, a demanda pelos produtos permaneceu igual ou, em alguns casos, até mesmo aumentou.
Após o mês de fevereiro também registrar recordes de cifras de exportação, agora foi a vez do mês de março.
De acordo com levantamento elaborado pela Secretaria de Comércio de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o volume de exportação cresceu 1,4% no período.
Com isso, as exportações do agronegócio atingiram uma receita recorde de US$ 14,5 bilhões no mês de março, cifra que é 29,4% superior à do mesmo período do ano passado. O aumento se deve a elevação em cerca de 27,6% nos preços dos produtos exportados pelo agro. O levantamento destaca que devido a esta cifra recorde, o agronegócio passou a representar 50% de todo o valor exportado pelo país em março.
Dentre as importações do agronegócio também foi registrado um aumento de 5,9%, com um volume total de US$ 1,4 bilhões.
Os destaques ficam para o complexo soja (grão, farelo e óleo) e para as carnes. Enquanto um foi impulsionado pela redução da oferta de óleo de girassol – visto que a Ucrânia é o maior produtor e exportador mundial do produto e que está em conflito com a Rússia -, o outro foi puxado pelo aumento da demanda chinesa.
A China continua como o principal destino para os produtos do agronegócio brasileiro, embora tenha tido uma participação ligeiramente menor nas compras dos produtos exportados pelo Brasil (em março de 2021 era 42,3% e agora é 41,4%). Em seguida vem os EUA com 5,5%, e os países baixos com 4,1%.
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