Abr 2022
30
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Novas regulações tem prejudicado o setor

Comemorando 75 anos da aviação agrícola brasileira, nosso país hoje possui a segunda maior frota do mundo, com quase 2,5 mil aeronaves utilizadas na aplicação de defensivos, fertilizantes e até para a semeadura e, ocasionalmente, incêndios.

Seguindo a contramão da crise, o mercado de aeronaves agrícolas foi um dos setores que registrou aumento de vendas durante a pandemia.

Mas o investimento não é pequeno. Os preços de uma aeronave agrícola nova variam de R$ 3 a R$ 10 milhões. O produtor deve levar em conta a relação custo-benefício para definir se vale a pena comprar ou apenas terceirizar o serviço.

Atualmente, 60% da frota de aeronaves disponíveis são pertencentes a empresas que terceirizam o serviço, sendo uma maneira mais eficiente no qual o produtor não tem que arcar com o custo do piloto e de manutenção da aeronave de forma direta.

A legislação da aviação agrícola brasileira é uma das mais rígidas do mundo, mas ainda não é o suficiente para evitar que as vezes a atividade pare nos tribunais.

Em 2020 por exemplo, a Justiça do Ceará determinou a proibição da aplicação de defensivos nas lavouras por vias aéreas, causando enormes prejuízos para a agricultura local – especialmente, produtores de banana. O caso está parado no Supremo Tribunal Federal há quase dois anos.

A intervenção, que foi mais política do que técnica, acarretou no afastamento dos produtores naquele Estado. O que poderia ser hoje o segundo maior produtor de bananas do Brasil, com a medida acabou tendo uma redução drástica, com a unidade federativa não figurando nem no Top 5 maiores produtores.

O congresso acontece em julho, na cidade de Sertãozinho/SP e deve reunir mais de quatro mil visitantes – empresários, pilotos, agrônomos, técnicos, pesquisadores ou simplesmente apaixonados pela aviação. O evento terá um forte viés em torno dos drones, que são cada vez mais incorporados à agricultura.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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