Conflitos externos afetam a cadeia de abastecimento no Brasil
O modelo de turismo em que sítios e fazendas abrem suas porteiras para oferecer produtos típicos e lazer aos visitantes têm no sul do Espírito Santo um case de sucesso. As estimativas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/ES) calculam que a região já conta com 350 empreendimentos – equivalente a 70% do total de todo o Estado.
O agroturismo é uma das principais apostas de produtores capixabas para diversificar sua fonte de renda.
A Associação de Agroturismo do Espírito Santo (Agrotures), localizada em Venda Nova do Imigrante, calcula que cerca de 90% dos seus associados estão na Região Serrana. O município se destaca pelo pioneirismo da atividade, que foi iniciada há 25 anos atrás através da fundação da Agrotures e irradiou a iniciativa na região.
Com isso, ela detém o título de Capital Nacional do Agroturismo, contando com 57 propriedades rurais catalogadas que comercializam queijos, embutidos de carne de porco, vinhos, antepastos, iogurtes e outros produtos antes só fabricados para consumo próprio das famílias.
De acordo com o Sebrae/ES, a atividade rende aproximadamente R$ 15 mil por ano aos produtores, algo impensável no passado extremamente dependente da roça, e gera uma nova perspectiva para as mulheres no campo, uma vez que elas são a maioria à frente dos negócios em todo o Estado.
Na região do Caparaó capixaba, os produtores rurais passaram a se atentar para as vantagens de receber turistas e fazê-los permanecer por mais tempo na região onde fica o Pico da Bandeira.
Nos últimos 5 anos, a região passou por uma expansão de empreendimentos – desde pizzarias até bares com cervejas artesanais e restaurantes sofisticados. Os turistas que tinham como destino apenas a terceira maior montanha do Brasil, agora possuem opções diversas de lazer, gastronomia e ecoturismo no distrito de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto.
Visando agregar ainda mais valor aos produtos e empreendimentos da região, em 2018, o socol de Venda Nova – presunto maturado de origem italiana -, ganhou reconhecimento de referência na produção com a Indicação Geográfica (IG).
A certificação é utilizada para conhecer a procedência de serviços ou produtos, quando as características do que é comercializado remetem ao local de origem ou ao momento em que a área tornou-se mais conhecida. A mesma marca de respaldo internacional vai imprimir também mais notoriedade aos cafés do Caparaó, em breve, que também busca sua Indicação Geográfica.
Nosso Estado se divide em dez regiões turísticas, cada uma oferecendo diversas possibilidades de lazer, negócios, cultura, eventos, gastronomia, história e belezas naturais. A proximidade do mar e das montanhas oferece ao turista uma experiência única marcada pela dualidade: em terras capixabas, tradição e modernidade, agitação e tranquilidade, aventura e cultura andam lado a lado.
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