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No 4º Levantamento sobre a cana-de-açúcar divulgado na quarta-feira (20), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta para uma produção total de cana-de-açúcar de 585,2 milhões de toneladas – volume que representa uma queda de 10,6% em relação à colheita registrada na temporada passada. Entre as causas da redução, estão as condições climáticas adversas – da estiagem durante o ciclo produtivo das lavouras às baixas temperaturas registradas no meio do ano passado.
Segundo o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, a combinação de uma seca no segundo trimestre com as baixas temperaturas em junho, julho e agosto, além de geadas pontuais em algumas lavouras, provocou a queda na produtividade na Região Centro-Sul do país. “Isso também resultou na antecipação do calendário de colheita em muitas lavouras, justamente para evitar maiores danos quantitativos e qualitativos”, afirmou.
Todavia, o problema não fica inteiro na conta do clima. O levantamento verificou que houve uma redução de 3,5% na área em produção de cana – de 8,6 milhões de hectares para 8,3 milhões. A queda ocorre mesmo em meio a um cenário positivo para o setor, com preços atrativos para o açúcar e o etanol.
O motivo, é que a concorrência por área se acentua no Brasil, com a rentabilidade da terra sendo um fator de decisão cada vez mais determinante na escolha da atividade implementada na terra. A rentabilidade da soja e do milho nessa mesma área de cultivo é imbatível, o que explica a dificuldade para expandir ou até mesmo manter a área de cana.
Mesmo tendo registrado a maior redução de área e de produtividade, a região Sudeste se mantém como principal produtora do país, com uma colheita de 366,9 milhões de toneladas – diminuição de 14,4% quando comparada ao ciclo anterior.
Com uma menor disponibilidade de matéria-prima, tanto a produção de açúcar como a de etanol foram reduzidas. Para o açúcar, a queda em relação ao que foi produzido na safra 20/21 chega a 15% – aproximadamente 35 milhões de toneladas. Já o etanol, a produção total proveniente da cana-de-açúcar e do milho, é de 30,2 bilhões de litros – uma redução de 7,7% em relação à safra passada.
A combinação entre a alta das cotações internacionais e a taxa de câmbio elevada no Brasil foram favoráveis às exportações de açúcar na safra 21/22, mas em termos de volume embarcado, houve um recuo de 19,3% diante da restrição de disponibilidade do produto, exportando apenas 26 milhões de toneladas.
Já o etanol sofreu impacto negativo significativo. O Brasil exportou 1,8 bilhão de litros – uma redução de 38,9% em relação ao ciclo anterior. A queda também é influenciada pela limitação da produção registrada no ciclo atual.
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