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De acordo com o úlitmo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), as exportações nacionais do produto recuaram 4,7% no primeiro quadrimestre de 2022. A queda é reflexo da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Os dois países estão entre os principais importadores de café solúvel brasileiro.
Até o final de abril, o Brasil exportou 1.221.603 sacas de café solúvel – cerca de 60.800 sacas a menos do que no mesmo período do ano passado. No último mês, a Rússia não realizou importações do produto, enquanto a Ucrânia comprou pouco mais de 500 sacas. Em abril de 2021, os dois países importaram 30.759 e 7.667 sacas, respectivamente.
O Brasil exporta cerca de 4 milhões de sacas de café solúvel por ano, do tipo conilon – o dobro do volume de conilon ‘in natura’ enviado ao exterior. De acordo com a Abics, Rússia e Ucrânia absorvem, em média, de 400 mil a 500 mil sacas. A queda nas exportações do produto pode chegar a 10%, caso o conflito e as dificuldades logísticas continuem.
É o que estima o presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), Márcio Ferreira. “A queda nas exportações é prejudicial porque o café solúvel é uma mercadoria de alto valor agregado. Empresas que possuem negócios com esses países estão prejudicadas.”, explica.
O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do Brasil: produz, em média, 15 milhões de sacas por ano. Em 2022, a safra deve bater um novo recorde. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em todo o país devem ser colhidas e beneficiadas 17,7 milhões de sacas – um aumento 8,7% em relação à safra anterior.
Aproximadamente 75% da produção brasileira de conilon é destinada ao consumo interno, mas a previsão é de aumento na demanda. O presidente do CCCV destaca que a maior procura deve ocorrer por causa da queda esperada de mais de 20% na colheita do café Arábica, decorrente das baixas temperaturas e da estiagem nas áreas de produção.
A expectativa é de redução nos impactos provocados pelo conflito. “Embora as sacas de conilon tenham sofrido queda no preço em função da entrada da safra, os valores por saca acima dos R$ 700 ainda são muito superiores ao valores praticados, por exemplo, pelo Vietnã – mesmo após a conversão para o dólar.”, destaca Ferreira.
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