Vão até 17 de junho as inscrições para a 6ª edição do Concurso de Qualidade de Amêndoas de Cacau Capixaba
A receita foi trazida pelos imigrantes italianos que encontraram, na região das montanhas capixabas, um novo lar. Antes servido apenas em ocasiões especiais, o socol se tornou negócio lucrativo para famílias de Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins. Em 2021, foram produzidos mais de 11 mil quilos de socol e as vendas movimentaram R$ 1,2 milhão.
Localizada em Venda Nova do Imigrante, a propriedade dos Lorenção é referência na produção de Socol. Foi pioneira na expolação do embutido no agronegócio. Todo final de semana recebe, em média, 400 visitantes em busca da iguaria. Para dar conta dessa demanda toda, a família produz cerca 2400 kg de Socol por mês.
A receita é dos familiares que vieram da Itália há mais de um século e continua sendo preparada de forma artesanal. O socol é feito de lombo de porco, sal, pimenta e especiarias. Além dos ingredientes, carrega tradição: “Na hora que você pega o socol, não está pegando simplesmente um produto. Tá pegando a história do meus avós, o sentimento, a alegria.”, destaca Bernadete Lorenção.
Inicialmente, o socol era servido apenas em ocasioes especiais. “Quem comia isso eram pessoas importantes: políticos, padres, familiares e amigos que vinham de fora. Depois eu comecei a pegar socol escondido da minha mãe para beber com os amigos”, conta Edines Lorenção. Assim a iguaria caiu no gosto do povo e se tornou um negócio lucrativo.
Além da família Lorenção, existem em Venda Nova do Imigrante 7 produtores de socol registrados no serviço de inspeção da prefeitura, órgão responsável pela orientação e fiscalização de produtos de origem animal. Em 2021, foram produzidos 11 mil quilos de socol no município. As vendas movimentaram 1,2 milhão de reais.
O socol é um produto tradicional de Venda Nova do Imigrante. De acordo com a prefeitura, algumas áreas do município – onde, no passado, foi iniciada a produção do embutido – contam com o selo de indicação geográfica, que garante a qualidade e a procedência. Também há registros de produção de socol em Domingos Martins.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória