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Mais de 14 mil toneladas de morango são produzidas por ano no Espírito Santo. Os municípios de Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá e Afonso Cláudio são responsáveis por boa parte da produção e, juntos, formam o chamado ‘Polo do Morango’. O cultivo da fruta atrai cada vez mais turistas para a região, além de novos investidores.
A família Gagno produz morangos há mais de 20 anos em Venda Nova do Imigrante. Ao perceber que o cultivo despertava o interesse dos turistas, abriu as porteiras da propriedade. “A gente atende muita gente que o avô ou a avó viveu no interior, e quando come alguma coisa do campo, relembra a infância. Destaca a proprietária, Lucilene Gagno.
Na propriedade, é possível colher morangos no sistema ‘Colha e pague’. Lucilene explica que a ideia surgiu para matar a curiosidade dos pequenos. “Havia uma necessidade das crianças de conhecer uma plantação de morangos. Como elas têm mais dificuldade, auxiliamos com uma cestinha e uma tesoura.”, explica.
Pioneiros no agroturismo, os Gagno colhem de 2 a 3 mil morangos por mês, em época de alta colheita, sendo que cerca de 80% das vendas ocorrem na propriedade. O restante se divide em vendas realizadas porteira afora e na produção de bebidas, doces e tortas com morangos frescos. O carro-chefe é a famosa torta da família.
De acordo com a prefeitura, Venda Nova do Imigrante possui 35 produtores de morango. Em 2020, eles produziram 640 toneladas e as vendas movimentaram 1,6 milhão de reais. O negócio vem atraindo investidores de outros cantos do estado. Gente que, mesmo com outra formação profissional, decidiu apostar no cultivo da fruta.
Exemplo disso, é a Priscilla Turco. Ela é formada em Marketing e, depois de 17 anos de trabalho na área, precisou se recolocar no mercado. Mas foi na produção de morangos, iniciada junto com o noivo, na propriedade do casal localizada no distrito de Alto Caxixe, que Priscilla encontrou uma nova oportunidade.
“A região tem vocação para várias culturas, como abacate, hortaliças, tomate, milho. Então é uma região com um solo muito rico. Dentro das nossas pesquisas, percebemos que estávamos mais aptos ao cultivo de morangos, mais adequados a absorver a técnica e os conhecimentos. Nós nos adaptamos ao negócio.”, destaca Priscilla.
Além dos frescos, Priscilla e o noivo vendem também morangos congelados. Eles se tornaram fornecedores de uma empresa da região que buscava a fruta para a produção de sucos naturais. “A gente encontrou aqui morangos selecionados, com tamanho maior e quantidade de polpa muito grande.”, destaca a engenheira Marcela Garcia.
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