Mais de 60 mil toneladas de mamão, das variedades Papaia e Formosa, são produzidas por ano em Linhares. O município do norte do estado é o maior exportador da fruta do país, graças à adoção de boas práticas – desde o cultivo ao pós-colheita – e à busca por adequação às regras sanitárias dos mercados internacionais.
Há quase 20 anos, o produtor rural Rodrigo Martins cultiva mamão em Linhares, numa área de 80 hectares – o equivalente a pouco mais de 80 campos de futebol. Por mês são colhidas na propriedade cerca de 320 toneladas da fruta. A procura lá fora é grande: aproximadamente metade da produção é enviada ao exterior.
De Linhares para o mundo. “O mercado português é o que mais importa o mamão brasileiro, seguido por outros como Espanha, Inglaterra, Holanda e Estados Unidos. Esses são os principais mercados. O mercado alemão também vem crescendo muito nos últimos dois anos.”, destaca Rodrigo.
Atualmente, o faturamento da empresa é 10 vezes maior do que o inicial. Segundo o produtor rural esse é o resultado do esforço para adoção e manutenção de boas práticas. “A gente vem evoluindo há anos no cultivo, nas técnicas de manipulação na embalagem, adaptando a aplicação de defensivos para produtos biológicos.”.
Para auxiliar e incentivar os produtores de Linhares e de todo o Brasil, foi formada, em Linhares, a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Mamão Papaia (Brapex). De acordo com o diretor executivo, José Roberto Pontes, a adequação às regras sanitárias dos mercados internacionais é um grande diferencial.
“Recentemente, recebemos contato de compradores do Chile. Eles ficaram satisfeitos com o controle que temos. Não só de pragas, mas de todo o processo, desde o cultivo ao pós-colheita do nosso mamão. A segurança alimentar é o carro-chefe, por isso conquistamos o mercado lá fora.”, destaca Pontes.
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