Ocupação de hotéis e pousadas de Pedra Azul deverá ser de 100% no final de semana dos apaixonados
Mais de 1200 toneladas de tilápias são produzidas por ano, em Linhares. O município do norte do estado é o maior produtor do pescado no estado, graças ao empenho dos pscicultores na busca por novas técnicas e práticas sustentáveis. A maior parte da produção é destinada aos demais estados do sudeste e atende também o sul da Bahia.
Há mais de 20 anos a família Zanetti se dedica à pscicultura. Atualmente cria tilápias em 260 tanques instalados na Lagoa das Palmas, no município. Com a entrada das novas gerações no negócio, surgiram também novas práticas. Engenheiro químico, Bruno Zanetti descobriu que a água poderia ser usada por mais tempo sem prejudicar a produção.
“O sistema bioflocos traz economia de água. Em cada ciclo, a gente troca somente 5% da nossa água, enquanto na cultura tradicional a troca precisa ser feita diariamente. Esse é um sistema muito novo. Ele também aumenta a sobrevivência dos peixes. A gente coloca 1 mil animais por metro quadrado aqui. É dez vezes mais.”, explica Bruno.
A família produz 700 toneladas de tilápias por ano. Realizada em uma lagoa sob domínio do poder, a criação possui licenciamento ambiental específico expedido pelo Iema. “Usamos o mínimo possível de espaço. Os contêineres que usamos foram colocados na mata para não desmatar. A psicultura depende da natureza.”, ressalta o pscicultor Roque Zanetti.
O beneficiamento da produção ocorre na única indústria do ramo no município. Cerca de 120 toneladas de tilápia são abatidas no local por mês e transformadas em filés e postas. “Vendemos para toda a região sudeste e para o sul da Bahia com produtos congelados, mas principalmente resfriados. Esse é o nosso diferencial.”, destaca o empresário Euder Pedroni.
Dos peixes, quase tudo é aproveitado. O resíduo é transformado em farinha e óleo, como conta a esposa e diretora de operações, Denizeti Pedroni: “Farinha e óleo são as bases das rações de pets. Tanto com o tratamento do resíduo, como com o reaproveitamento da água, a gente tenta minimizar o impacto que a gente possa gerar à natureza.”.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória