Jun 2022
13
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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No acumulado, houve queda no volume de embarques

Segundo o presidente do Cecafé, Günter Häusler, a leve melhora registrada no volume embarcado em maio deste ano permitiu que o país mitigasse moderadamente as quedas observadas nos acumulados da temporada 2021/22 e do ano civil. “A pequena alta no mês passado é reflexo de uma leve melhora logística, que possibilitou embarcar o café previsto para maio e parte das cargas que estava represada nos portos”, explica.

Com os números de maio, as remessas nacionais do produto no acumulado do ano safra 2021/22 chegam a 36,288 milhões de sacas, desempenho 14,8% inferior ao registrado no acumulado entre julho de 2020 e maio de 2021, quando o país exportou 42,597 milhões de sacas. Já em valores, houve salto de 35,5% em idêntico intervalo, com a receita saindo de US$ 5,420 bilhões para os atuais US$ 7,344 bilhões.

No acumulado de 2022, a performance é similar à do ano safra, com os embarques brasileiros recuando 7% e a receita cambial apresentando incremento de 63% na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado. De janeiro a maio deste ano, o Brasil comercializou 16,621 milhões de sacas com 112 países, obtendo o ingresso de US$ 3,867 bilhões. O aumento da receita é reflexo do patamar elevado nos preços internacionais e internos do produto.

Häusler pondera que o cenário permanece desafiador aos exportadores brasileiros. “Eles continuam com dificuldades para a obtenção de contêineres e espaço nos navios e se deparando com fretes muito caros. A Rússia, que normalmente figurava como sexto principal destino, caiu para a 13ª posição, apresentando queda de 43% nas importações. A Ucrânia, ainda que com volume mais modesto nas aquisições, já registra recuo de 65%.”.

O complexo marítimo de Santos (SP) permanece como o principal exportador dos cafés do Brasil em 2022, com o envio de 13,809 milhões de sacas até maio, o que equivale a 83,1% do total. Fechando a lista dos três primeiros, vêm os portos do Rio de Janeiro, que respondem por 12,6% dos embarques ao remeterem 2,091 milhões de sacas nos cinco meses, e Paranaguá (PR), com o envio de 164 mil sacas ao exterior (1%).

Principais destinos

De janeiro a maio deste ano, os Estados Unidos retomaram o posto de principal importador do café brasileiro. Adquiriram 3,240 milhões de sacas, volume 5% inferior aos 3,410 milhões comprados no mesmo intervalo em 2021. Esse montante representa 19,5% das exportações totais do Brasil até o momento. A Alemanha, com representatividade de 18,7%, importou 3,113 milhões de sacas (-3,8%) e ocupou o segundo lugar no ranking, que liderou em abril.

O café arábica foi o mais exportado no acumulado do ano, com o envio de 14,463 milhões de sacas ao exterior até maio, o que corresponde a 87% do total. Já o café solúvel registrou o embarque do equivalente a 1,502 milhão de sacas, respondendo por 9% do total. Na sequência, vêm a variedade canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 639.356 sacas (3,9%), e o produto torrado e torrado e moído, com 16.878 sacas (0,1%).

Os cafés com qualidade superior ou certificado de práticas sustentáveis responderam por 15,1% das exportações totais de janeiro a maio de 2022, com o envio de 2,513 milhões de sacas. Esse volume representa declínio de 5,3% na comparação com os 2,652 milhões de sacas embarcados no mesmo período do ano anterior. O faturamento foi de US$ 767,7 milhões nos cinco meses, o que corresponde a 19,9% do obtido com os embarques totais. No comparativo anual, o valor é 68,2% maior do que o aferido em idêntico intervalo antecedente.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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